O subdiretor da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Eduardo Rojas, alertou nesta terça-feira para o desmatamento que a América Latina sofre, especialmente a Argentina, que tem "níveis mais elevados que muitos países africanos".
Rojas participa de um simpósio internacional sobre sustentabilidade, que reúne até o próximo sábado 400 especialistas na cidade de Burgos, no norte da Espanha.
Na sessão desta terça-feira, a primeira do congresso, o subdiretor da FAO lembrou que o ritmo de desmatamento anual se situa em 5,2 milhões de hectares, de um total de 4 bilhões no mundo todo.
No entanto, ressaltou que este número representa um terço do registrado nos anos 70 e 80.
Em comparação com outras regiões do mundo, Rojas ressaltou que a América Latina foi uma das maiores "decepções", porque "não consegue avançar".
Apesar de tudo, também há casos "promissores", entre os quais se destacam Costa Rica, Chile e Uruguai.
Além disso, o Brasil "vive melhoras significativas desde 2008", e em 2010 são esperados mais avanços.
Segundo Rojas, seria necessário restaurar 1,5 bilhão de hectares de florestas, uma operação que custaria em torno de US$ 1 trilhão.
(Agência EFE, Jornal VS, 23/03/2011)