Executivos da Impel, da Espanha, e da Suzlon, da Índia, apresentaram ao governador Tarso Genro o projeto de um parque eólico a ser instalado em Tapes, com capacidade para gerar 588 megawatts (MW) de energia.
Eles também pediram a ajuda do governo gaúcho para “facilitar” a montagem de uma fábrica de componentes para aerogeradores, incluindo capacitores eletrônicos de alta tecnologia.
O município, a 103 km ao sul de Porto Alegre, poderá se transformar no maior pólo de energia eólica da América Latina.
O projeto, com custo estimado em R$ 1,2 bilhão, prevê 20 parques com 14 aerogeradores cada um, totalizando 280 torres. As medições realizadas na cidade durante os últimos 12 meses confirmaram o potencial de geração do vento, avaliado como superior a Osório, onde a capacidade é de 150 megawatts (MW).
Conforme o representante da fábrica de aerogeradores indiana, Tulsi Tanti, pela posição privilegiada, a cidade tem excelente potencial para gerar energia eólica até 16 vezes mais do que o país produz hoje. Ressaltou, ainda, que até o fim do ano serão instalados dois aerogeradores de 4,2 megawatts (MW) de energia (2,1 MW cada um) como teste.
A prioridade será estruturar a cidade com subestação de energia e rede para que a capacidade gerada seja distribuída.
Um dos líderes da comitiva, Arthur Lavieri, destacou o comprometimento do Estado com a energia limpa. “Estamos aqui para conhecer o novo momento que vive o Rio Grande do Sul e apresentar o projeto de expansão da empresa e nosso interesse de nos instalarmos no Estado”, afirmou.
O governador Tarso Genro disse que o projeto contempla eixos estratégicos do programa de Governo que é de “investir forte na Metade Sul, em energia limpa e renovável, com interesse econômico comprometido com a questão social de geração de emprego e renda.”
A expectativa é que o projeto de energia seja aprovado no próximo leilão de energia renovável, marcado pelo Ministério das Minas e Energia para o segundo trimestre do ano. O governo federal pretende comprar 2 mil MW, entre energia eólica, termelétricas a biomassa, hidrelétricas e gás natural.
Os executivos manifestaram também o interesse em construir o terminal portuário de Tapes, que será um catalisador de desenvolvimento da região e possibilitará o escoamento da produção orizícola.
(Governo do Estado, Jornal JÁ, 21/03/2011)