Um problema do centro da cidade e que com recorrência cada vez maior tem preocupado os santa-marienses: a superlotação e a falta de condições de uso dos contêineres. Essa questão tem feito com que a prefeitura tenha notificado apenas neste ano a Revita – empresa prestadora dos serviços de coleta de lixo conteineirizada e tradicional – em dois momentos. O primeiro deles foi em 21 de fevereiro, quando um caminhão que realiza a coleta de lixo conteineirizada quebrou e deixou várias ruas do centro com resíduos espalhados pelas ruas.

Conforme o secretário de Proteção Ambiental, Luiz Alberto Carvalho Júnior, a empresa normalizou o serviço oito horas após o incidente. A mais recente notificação feita pelo Executivo municipal à Revita ocorreu em 9 de março, quando um cidadão denunciou através do Espaço do Leitor de A Razão a superlotação de um contêiner na Rua Barão do Triunfo. “Nos dois casos a empresa foi notificada e constatada a negligência eles serão penalizados e terão de arcar com multa”, avisa o secretário.

Para evitar com que esses tipos de incidentes aconteçam de maneira repetida pelas ruas do perímetro central de Santa Maria o secretário conta que a administração municipal montou uma ação de enfrentamento a essas questões. Nos próximos 15 dias um importante reforço deverá estar sendo colocado naquelas ruas com maior incidência de problemas na coleta conteineirizada. A secretaria de Proteção Ambiental já agilizou a distribuição de 100 contêineres, ao custo total de R$ 65 mil, como medida de “estancar” e mesmo solucionar aquelas ruas que ainda sofram com problemas de contêineres abarrotados de lixo ou de peças deficientes nas caixas coletoras. A projeção do secretário é que cada rua do centro da cidade receba de dois a contêineres novos.

De acordo com o secretário um contêiner com problema compromete o recolhimento de lixo de 25 famílias. “Imagina o quão séria é essa questão da coleta por contêineres. Para isso viabilizamos a aquisição dessas cem novas unidades. Vamos retirar das ruas aqueles contêineres que estejam com problemas em suas peças e faremos a reposição por novos”, assegura. Outra questão que preocupa a administração municipal são os contêineres depredados. “O custo de um contêiner está em R$ 654,82. E além daqueles problemas pontuais que surgem, ainda temos de lidar com isso (vandalismo)”, lamenta Carvalho. O secretário explica que nesse valor estará embutido a coleta e a destinação final do recolhimento dos lixos conteineirizados e da coleta tradicional. “Antes o pagamento se dava de forma separada, agora unificamos”, explica. A limpeza dos contêineres que antes ocorria mensalmente agora será feita a cada quatro dias.

Ações – Entre as medidas que a administração municipal preparou para evitar com que a Revita seja motivo de dor de cabeça aos santa-marienses e para o Executivo municipal há mudanças mais drásticas e significativas em caso de descumprimento dos serviços por parte da empresa. O secretário conta que foi montada uma tabela de punição. “Teremos ferramentas de penalidade em caso de negligência”, avisa o secretário.

Ainda entre as melhorias propostas pela prefeitura constam a utilização de um veículo oito horas por dia com funcionário do quadro da secretaria de Proteção Ambiental que terá por tarefa percorrer aqueles locais com eventuais problemas nas coletas – seja ela tradicional ou conteineirizada. Já para a próxima semana a secretaria estará colocando em funcionamento um 0800 para atender as reclamações. Também será implantado um sistema de GPS nos caminhões coletores para que a prefeitura saiba o itinerário e se a empresa está realizando a coleta de maneira devida.

Contêiner para quem precisa…

Levantamento da secretaria de Proteção Ambiental e informado à A Razão assegura que das 100 caixas coletoras que a administração municipal exigiu junto à Revita, 65 já estariam com locais definidos. O secretário de Proteção Ambiental diz ainda que o número de contêiner por via deverá estar estabelecido nos próximos dias.

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(A Razão, 17/03/2011)