Pelo menos 437 reactores nucleares estão em operação em centrais de 30 países, segundo o último relatório anual da Agência Internacional de Energia Atómica (Aiea).
O documento, cujos dados foram actualizados em 1 de Janeiro de 2010, calcula a potência total de geração de energia desses reactores em 370.187 megawatts.
Além disso, outros 55 reactores, com um potencial conjunto de 50.855 megawatts, estavam em construção em 2009.
Os Estados Unidos são o país com o maior número de reactores (104, além de um em construção), seguido por França (59, mais um em construção) e Japão (54, com outro em construção).
A central japonesa de Fukushima Daiichi, localizada a 270 quilómetros a nordeste de Tóquio, onde três de seus seis reactores foram danificados por causa do devastador terramoto da última sexta-feira, tem uma potência de 4.700 megawatts e é uma das 25 maiores do mundo.
Segundo o relatório da Aiea, os 54 reactores em operação no Japão foram responsáveis por 24,9 porcento da energia eléctrica usada pela população em 2008, enquanto nos Estados Unidos essa percentagem foi de 19,7 porcento.
Em seguida estão Rússia (31 reactores operacionais e 9 em construção), Coreia do Sul (20/6), Reino Unido (19), Índia (18/5), Canadá (18), Alemanha (17), Ucrânia (15/2) e China (11/20).
A França é o país de maior dependência de energia nuclear, que em 2008, com 419,8 terawatts por hora, cobriu 76,2 porcento das necessidades energéticas do país.
Na Bélgica esse percentual foi de 54,8, contra 47,4, 42 e 41,7 porcento de Ucrânia, Suécia e Eslovénia, respectivamente.
A Espanha aparece na lista da Aiea com 8 reactores operacionais, de uma potência conjunta de 7.450 megawatts, que em 2008 geraram uma média de 56,5 terawatts/hora, o equivalente a 18,3 porcento da electricidade produzida no país.
No continente americano, além de EUA e Canadá, apenas Argentina (dois reactores operacionais e um em construção), Brasil e México (dois operacionais cada um) contam com centrais nucleares.
Dessa forma, a energia nuclear gerada em território nacional representou, em 2008, 6,2 porcento da provisão para os argentinos e quatro porcento para os mexicanos, enquanto as centrais Angra 1 e 2 foram responsáveis por 3,1 porcento do fornecimento para os brasileiros.
(Portal Angop, 15/03/2011)