Em meio às discussões sobre a necessidade de mais infraestrutura para os ciclistas em Porto Alegre, o vereador Beto Moesch (PP) revela que há um grande déficit na aplicação dos recursos para implementar a malha cicloviária da cidade. Em 2010, foi destinado R$ 1,31 milhão para a execução do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI), mas o Plano Plurianual do Município estabelecia o montante de R$ 2.118 milhões – houve uma redução de 38% no valor inicialmente projetado. Já em 2011, constam previstos R$ 2,2 milhões; contudo, no Orçamento da Capital, estão garantidos somente R$ 570 mil, uma diminuição de 74% do investimento anunciado. Diante dessa disparidade, Moesch encaminhou um Pedido de Providência à Prefeitura para que todo o valor acumulado seja empregado neste ano, como suplementação orçamentária (veja anexo).
“Atualmente, a capital gaúcha tem apenas 8 quilômetros de ciclovias, enquanto o Rio de Janeiro, por exemplo, tem 160 quilômetros”, compara Beto. Ele ainda comenta que, embora em 2009 estivesse planejada a implantação de 18 quilômetros de ciclovias, nenhum recurso foi investido em obras naquele ano.
Moesch foi um dos coordenadores da elaboração, aprovação e implementação do PDCI, que identifica 495 quilômetros de ruas e avenidas porto-alegrenses onde podem ser construídas ciclovias. Além disso, quando foi secretário do Meio Ambiente (2005-2008), publicou Instrução Normativa para que, em todo empreendimento que necessite de abertura ou reforma de via, seja contemplada a implantação de malha cicloviária. Também é autor de emenda ao PDCI estabelecendo que 20% do valor arrecadado em multas deve ser utilizado na viabilização de ciclovias e em programas de educação de trânsito.
(Blog Beto Moesch, 14/03/2011)