A segunda fábrica de celulose da Fibria no complexo instalado em Três Lagoas (MS) deverá iniciar operação até o final do primeiro trimestre de 2014, segundo o presidente da companhia, Carlos Aguiar. Segundo ele, a oferta de madeira para a nova unidade já está equacionada. "Temos 30 mil hectares plantados, ainda do projeto da primeira fábrica, temos outros 45 mil hectares de arrendamento e vamos plantar mais 35 mil hectares este ano", disse. "Além disso, negociamos a compra de 5 milhões de metros cúbicos de madeira."
O projeto de Três Lagoas II, cujo cronograma foi alterado diversas vezes, é o primeiro passo do processo de expansão da Fibria. O objetivo da companhia é dobrar de tamanho até 2020 - sua capacidade atual é de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose. Para tanto, estão previstas também a construção de uma nova linha de produção de celulose na Veracel (joint venture entre Fibria e a sueco-finlandesa Stora Enso), em 2015, e uma nova fábrica em Aracruz (ES), com início de operação previsto possivelmente para 2019 ou 2020. Cada unidade deverá ter capacidade instalada de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas anuais.
Licenças. Aguiar prevê que as licenças ambientais para a instalação da segunda unidade de Três Lagoas sejam concedidas até o final de junho. Assim, o processo de engenharia básica terá andamento ao longo do segundo semestre, o que permitirá à Fibria tomar a decisão final do projeto no começo de 2012. A construção de uma unidade leva aproximadamente 24 meses para estar concluída.
Para Marcelo Castelli, que assume a presidência da Fibria em julho, a nova unidade entrará em operação em um momento bastante favorável. "Não há nenhuma entrada de capacidade efetiva nos próximos dois anos, por isso o cenário é bastante positivo até 2013", disse. A partir do ano seguinte, a oferta de celulose da unidade de Três Lagoas e de outras fábricas previstas para iniciar operação entre 2013 e 2014, casos de novas fábricas da Suzano Papel e Celulose, da Eldorado e da parceria entre Arauco e Stora Enso no Uruguai, deve resultar em maior equilíbrio entre oferta e demanda mundial.
Os preços de celulose, dessa forma, devem estar "estressados" por um período de um ou dois anos, segundo Castelli. Esse cenário, entretanto, segundo ele, não altera os planos de expansão da Fibria.
(Fatima News, 13/03/2011)