As últimas notícias sobre a situação de emergência no sistema de energia nuclear do Japão dão conta de que os níveis de radiação emitida pela usina de Fukushima voltaram a aumentar e ultrapassar o limite de tolerância. A informação é da agência de notícias "Kyodo". O objetivo é evitar que os reatores fiquem superaquecidos e provoquem uma explosão. O índice exato de radiação liberada não foi divulgado.
O sistema de refrigeração da usina ficou comprometido após a região ter sido afetada por um terremoto seguido de tsunami na última sexta-feira. Um reator explodiu no sábado. Desde cedo, funcionários estavam se preparando para lançar água do mar no reator defeituoso, a fim de resfriar o equipamento. Cerca de 180 mil pessoas residentes na região da usina (em um raio de até 20 quilômetros) foram retiradas do local.
Enquanto a situação em Fukushima e Tokai (onde também há defeito em reatores) permanece crítica, os níveis de radiação na usina de Onagawa foram normalizados, informou neste domingo a Agência Nacional de Energia Atômica (AIEA). Autoridades da ilha afirmam que não há mais nenhum vazamento de radioatividade.
Com relação ao tremor de terra seguido de onda gigante, o número de mortos é controverso. Autoridades contam como certo o aumento cada vez que os dias passam. Até as 19h deste domingo (de acordo com o horário de Brasília), o último boletim dava conta de 1.587 mortos e 1.086 desaparecidos.
A estimativa na província de Myagi é de que pelo menos 10 mil pessoas tenham morrido. A localidade foi a mais afetada pelo tsunami provocado pelo sismo, que devastou a cidade. Imagens feitas após voos de helicóptero sobre a cidade mostram um cenário de completa destruição, com muitos carros, caminhões e até barcos e navios empilhados.
(SRZD, 13/03/2011)