A Ciclus, empresa que está construindo o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, enviou uma nota técnica na qual defende a eficiência do sistema de impermeabilização do aterro sanitário. A empresa diz ter o parecer Departamento de Recursos Minerais (DRM) atestando a baixa vulnerabilidade do aquífero.

Além disso, o aterro sanitário terá sistema de proteção com camadas redundantes de impermeabilização do solo e alarmes para detectar vazamentos de chorume ou ruptura na manta impermeabilizante.

Abaixo, a íntegra da nota:
"A Ciclus realizou um amplo estudo hidrogeológico durante o processo de licenciamento ambiental. O plano de trabalho incluiu diversas atividades, como sondagens e instalação de poços de monitoramento, coleta de amostras de solo e de água subterrânea, ensaios insitu, coleta de amostras para ensaios físicos em laboratório e levantamento topográfico.Os resultados obtidos permitiram avaliar os principais aspectos geológicos e hidrogeológicos da área e atestar a viabilidade do empreendimento.

Foram realizados ainda estudos complementares pelo Departamento de Recursos Minerais (DRM), que atestaram a baixa vulnerabilidade do aquífero na área do empreendimento, o que foi ratificado pelo Parecer Técnico Preliminar de Licença Prévia. Diz o texto do parecer: "Quanto à influência na recarga do aquífero pode-se dizer que não haverá qualquer prejuízo devido à impermeabilização da área, já que representa menos de 1% da área de recarga".

A Central de Tratamento de Resíduos terá, além de várias camadas de argila impermeável, um sistema de proteção com dupla camada de mantas de polietileno de alta densidade (PEAD) e sensores eletrônicos de monitoramento que garantem integralmente a proteção do solo. É a primeira vez que esse sistema de impermeabilização é implantado na América Latina.

A Ciclus está rigorosamente alinhada com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e representa a solução mais adequada para o gerenciamento de resíduos sólidos da capital, de Seropédica e de Itaguaí."

(O Globo, 25/02/2011)