A Conferência Municipal Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo terá sua décima edição no dia 24 de agosto. Em continuidade ao tema debatido no ano passado - economia verde frente às mudanças climáticas; neste ano os diversos setores da sociedade paulistana se voltam para a questão da pegada de carbono, já atentando para o propósito fundamental da Conferência: encaminhar soluções para a cidade.
Na manhã dessa terça, dia 22, a primeira reunião preparatória trouxe representantes de ONGs, escolas, empresas, cooperativas e órgãos governamentais para o prédio da Câmara Municipal de São Paulo, entidade responsável pelo evento. Entre sugestões para os debates e também para as três pré-conferências que organizam as propostas pela cidade, foi pedida atenção para a questão do transporte, responsável por mais de 75% das emissões de gases-estufa em São Paulo. Outra questão predominante foi a impermeabilidade dos solos paulistanos: diversas vozes apontaram o concreto permeável como uma necessidade urgente.
O tom propositivo marca a Conferência que, desde a primeira edição, encaminhou quinze projetos de lei municipal. Desses, emplacaram: a lei sobre o plantio de árvores nos estacionamentos, o decreto de reuso de água em lavagem de espaços públicos e o programa de reaproveitamento da madeira de poda de árvores. A Secretaria de Meio Ambiente do Estado será co-realizadora desta edição, podendo trazer um caráter mais executivo aos projetos resultantes da Conferência.
Pedro Torres, representante do Greenpeace, lembrou do empenho com que deve ser preparada a próxima edição.“Os fóruns globais se enfraqueceram após a decepção da COP-16 e por isso as iniciativas locais têm cada vez mais importância”, justificou.
(Por Ana Carolina Amaral, Envolverde, 23/02/2011)