A secretaria do Meio Ambiente de Santa Cruz do Sul está realizando, desde o dia 15, o cadastramento dos papeleiros que atuam nas ruas da cidade. Até agora, no entanto, a adesão é pequena, o que poderá levar a pasta a modificar a estratégia para receber as informações.
Os catadores estão sendo convidados a comparecerem na Avenida Independência, 100, para realizarem o cadastro. Até agora, no entanto, apenas quatro atenderam ao chamado. O secretário do Meio Ambiente, Alberto Heck, disse que o atendimento continuará até 15 de março. Depois, uma equipe sairá a campo para buscar as informações. Ele apela para que as pessoas compareçam espontaneamente, para agilizar o trabalho. “Se tivermos que ir ao encontro delas, deverá atrasar no nosso plano de melhorar esta área.”
Os dados que forem apurados vão auxiliar na elaboração, ainda este ano, de um regramento para as atividades. A meta da secretaria é saber quantas pessoas trabalham como catadores de material reciclável; o que e quanto recolhem; como armazenam e qual o destino e o meio de transporte (se carroça com animal, por exemplo), dentre outras. Hoje há uma estimativa de que cerca de 40 papeleiros percorrem as ruas, individualmente ou com suas famílias.
Ressaltou que a secretaria está conhecendo algumas experiências realizadas no Estado, inclusive em Porto Alegre, que regulam o serviço. Essas observações, juntamente com os detalhes colhidos na cidade, vão embasar a lei municipal que vai regulamentar o serviço, bem como fornecerão subsídios para campanhas de educação ambiental. “Por isso, é importante que tenhamos as informações.”
CONTROLE
A legislação, conforme Heck, irá tratar da circulação dos carrinhos e das carroças, estabelecendo horários e áreas de atuação, entre outros aspectos. Além de racionalizar o serviço, será possível manter um controle quanto à presença de crianças na coleta e sobre o uso de cavalos na tração, o que, seguidamente, tem provocado reclamações.
O secretário lembrou que no trabalho dos catadores há muitos aspectos a serem observados, como o ambiental, o social e o educacional. Por isso, o cadastro também vai fornecer subsídios para projetos das secretarias do Desenvolvimento Social e da Educação nos bairros.
Coleta seletiva
A coleta seletiva de lixo em Santa Cruz do Sul, uma reivindicação antiga da comunidade, poderá começar ainda em abril. A informação é do secretário Alberto Heck. Ela será implantada por meio de um projeto-piloto, atingindo os bairros Avenida, Cohab, Higienópolis, Margarida e Centro. Nessas áreas, o caminhão passará um dia a mais por semana, unicamente para recolher o lixo seco (plástico, metal, papel, madeira, vidro, tecido e poliestireno).
A ideia, segundo ele, é ir aprimorando o sistema e levá-lo, gradativamente, para outros pontos. A implantação é um pouco demorada, pois além da conscientização dos moradores, será preciso promover aditivos ao contrato de recolhimento de lixo que a Prefeitura mantém com a Conesul.
(Gazeta do Sul, 24/02/2011)