O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) foi obrigado na manhã desta terça-feira a ligar quatro usinas termelétricas a gás, uma em São Paulo e três no Rio de Janeiro, e aumentar a geração de outras hidrelétricas para suprir a geração da usina nuclear de Angra 2, que foi desligada de madrugada devido a problemas em equipamentos na parte elétrica.
Como Angra 2 estava a plena capacidade, gerando cerca de 1.350 megawatts (MW) médios, o ONS determinou a geração de 600 MW pelas térmicas e outros 700 MW com o remanejamento de usinas hidrelétricas. A Eletronuclear, estatal responsável pela operação da usina não tem ainda previsão do retorno de operação.
A usina de Angra 2 foi desconectada do Sistema Integrado nacional (SIN) às 3h25. Segundo a Eletronuclear, inicialmente ocorreu uma falha no sistema de medição de pressão de vapor principal, na saída da turbina de alta pressão que é uma parte convencional da usina sem qualquer ligação com a parte radioativa.
A Eletronuclear explicou que, às 8h55, após os reparos na turbina, o gerador elétrico principal foi sincronizado ao sistema elétrico. Mas ocorreu uma falha na sinalização da Chave de Abertura em Carga, que conecta o gerador à rede elétrica nacional, a usina foi retirada do sistema novamente, sendo desligada.
A estatal explicou que o desligamento foi feito considerando a falha na sinalização da válvula, conforme os procedimentos de operação sendo qualificado como Evento Não Usual.
O motivo da falha da sinalização da Chave de Abertura em Carga está sendo verificado, e assim que tudo for apurado a usina deverá voltar a operar.
(O Globo, 23/02/2011)