Antecipando um possível revés na Justiça a prefeitura publicou ontem no Diário Oficial o edital de licitação de empresa para realizar a construção de uma central de recolhimento e posterior transporte do lixo domiciliar para aterro sanitário de outra cidade.
Isso porque a Cetesb já solicitou a interdição do aterro local à secretaria estadual do Meio Ambiente, após análise técnica que o considerou esgotado em capacidade de armazenagem.
O prefeito Mário Bulgareli com o chefe do aterro e assessor da secretaria de Serviços Urbanos Nilton Ribeiro, estarão hoje em São Paulo para uma reunião com o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. A intenção é convencê-lo de não expedir a ordem de interdição do aterro sanitário, solicitada pela Cetesb.
A prefeitura tenta também uma liminar para poder depositar o lixo em área anexa a atual, mas já foi avisada de que só terá o recurso se a Cetesb permitir, o que está descartado, de acordo com o gerente regional da companhia, Paulo Wilson de Camargo.
Pelo edital a prefeitura pretende abrir as propostas das empresas interessadas no dia 22 de março, sendo que o custo-teto estimado em planilha anexa por um ano de serviço é de R$ 9,3 milhões, o que geraria uma despesa mensal de aproximadamente R$ 780 mil.
Nilton Ribeiro, informou que apesar da publicação do edital, a prefeitura vê o transbordo ainda como um “plano B”. “Vamos seguir por outras vias para buscar uma solução que não onere tanto o município. Caso não haja saída, já teremos o processo de transbordo iniciado”.
(Diário de Marília, 17/02/2011)