Funcionários da Secretaria de Meio Ambiente de Venâncio Aires vistoriaram na terça-feira a usina de triagem de lixo, localizada em Linha Estrela. O objetivo foi fazer um levantamento da estrutura e as necessidades para a reforma e construções antes do reinício das atividades com a triagem. O contrato foi firmado no mês passado com a Cooperativa dos Trabalhadores em Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos Urbanos de Paraíso do Sul Ltda. (Coorecipas), que deve trazer dois a três cooperados daquele município e associar mais alguns interessados na Capital do Chimarrão para o começo das atividades.
O setor de planejamento e meio ambiente do município informou que serão construídos novos sanitários, vestiários, refeitório com guarita, portões novos em duas entradas, piso adequado, cobertura, drenagem pluvial e a criação de três lagoas de tratamento. “Queremos dar condições de segurança para o trabalho dos funcionários da usina”, disse o engenheiro-agrônomo Giovane Nervo, que esteve acompanhado da arquiteta Jalila Böhm e da assessora da Secretaria de Meio Ambiente, Thais Brum.
O secretário de Meio Ambiente, César Ernsen, explica que a intenção, depois de feitas as reformas, é começar imediatamente a triagem na usina. Para isso, a Prefeitura ainda depende de um acerto com a cooperativa para a cedência do equipamento para a triagem do lixo. Será necessária a instalação de toda a usina, até porque a anterior, desativada há quase dois anos, se apresenta em precárias condições para uso.
APROVEITAMENTO
Para fazer a usina funcionar, será necessário a aquisição de um trator, a instalação de esteiras e uma envaletadeira. A previsão de reinício dos trabalhos é de 30 a 45 dias. A cooperativa, que também atua nos municípios de São Borja e São Gabriel, deve selecionar interessados de Venâncio Aires para se associar. Conforme a Coorecipas, deve haver o aproveitamento de até 15 pessoas para atuar na usina. A expectativa é reciclar cerca de 8% das 753 toneladas de lixo produzidos mensalmente pela população da Capital Nacional do Chimarrão. No futuro, com a instalação de uma usina de compostagem no mesmo local, será possível reciclar até 20% do lixo doméstico do município.
Pelo contrato, a administração municipal vai repassar mensalmente R$ 4.513,09 para a administração da cooperativa, que será responsável por toda a triagem dos resíduos recicláveis e pela comercialização. O pagamento será efetuado a partir do início do funcionamento da usina, que atualmente é utilizada apenas para o transbordo do lixo recolhido na cidade e interior, que depois é encaminhado para um aterro sanitário licenciado em Minas do Leão.
(Gazeta do Sul, 17/02/2011)