A ONU declarou 2011 oficialmente como o Ano Internacional das Florestas, com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação para uma vida sustentável. Além as iniciativas que cada cidadão deve tomar em seu dia a dia, é fundamental que a iniciativa privada se comprometa efetivamente com as questões socioambientais.
Diante do atual cenário global é importante destacar que as florestas plantadas do Brasil para celulose, papel, siderurgia e madeira absorvem quantidade significativa de dióxido de carbono da atmosfera por ano, reduzindo os efeitos do aquecimento global. O principal diferencial das empresas brasileiras de celulose e papel em relação à concorrência mundial são as florestas plantadas, das quais se obtêm 100% da celulose e do papel produzidos no Brasil. Trata-se de uma significativa contribuição para a preservação da mata nativa e combate ao aquecimento global.
A sociedade necessita de produtos de base florestal para sua sobrevivência e conforto. Até pouco tempo, a necessidade de madeira era suprida quase que exclusivamente por meio das florestas nativas. O plantio de eucalipto é uma solução para diminuir a pressão sobre as florestas nativas, viabilizando a produção de madeira para atender às necessidades da sociedade em bases sustentáveis.
Um hectare de floresta plantada de eucalipto produz a mesma quantidade de madeira que 30 hectares de florestas tropicais nativas. Árvore da maior importância, presente nos cinco continentes e em todos os estados brasileiros, o eucalipto possui grande capacidade de adaptação, rápido crescimento, produtividade e inúmeras aplicações em diferentes setores.
Estudos de conservação de solo atestam que áreas plantadas com eucaliptos por muitos anos, quando direcionadas para outras lavouras, não interferem na produtividade. Há evidências de que culturas agrícolas plantadas em áreas anteriormente ocupadas por eucaliptos podem produzir acima da média verificada em lavouras da mesma região. Prova-se facilmente que há menor erosão nas áreas florestadas, quando comparadas com lavouras ou mesmo pastagens manejadas inadequadamente.
Do eucalipto tudo se aproveita. Das folhas, extraem-se óleos e essências utilizadas em produtos de limpeza e alimentícios, em perfumes e até em remédios. A casca oferece tanino, usado para curtir o couro, o tronco fornece madeira para sarrafos, lambris, ripas, vigas, postes, varas, esteios para minas, mastros para barco, tábuas para embalagens e móveis. Sua fibra é utilizada como matéria-prima para fabricação de papel e celulose.
Estudos realizados pelo Instituto FNP, em 2005, revelaram que o eucalipto é mais rentável que a pecuária de corte, a cana, a soja e o milho. Estudos da Universidade Federal de Viçosa constatam que o eucalipto consome menos água que muitas plantas. Para se obter 1 kg de madeira, o eucalipto consome 350 litros de água, enquanto para se obter 1 kg de batata, a planta consome 2.000 litros de água. Para a mesma quantidade de milho, cana de açúcar e cerrado, são necessários 1.000, 500 e 2.500 litros de água respectivamente.
A implantação de monoculturas é um dos pontos que merecem a atenção da sociedade. Café, soja, cana-de-açúcar, pastagens, eucalipto ou qualquer outra cultura que seja feita sem critérios ambientais é extremamente prejudicial ao meio ambiente e ao homem. No entanto, todos os produtos resultantes desses cultivos são fundamentais à sociedade.
No caso do eucalipto, vários são os procedimentos adotados para integrar as plantas ao meio ambiente natural, mantendo ou aumentando a biodiversidade das áreas plantadas, por meio de planejamento técnico, estabelecimento de corredores de vegetação natural para movimentação da fauna, plantio de enriquecimento nas áreas de preservação e da adoção de práticas que garantam a sustentabilidade do sistema. reas plantadasntos adotados para integrar as plantas ao meio ambiente natural, mantendo ou aumentando a biodiversidade das áreas.
Nas propriedades destinadas ao cultivo do eucalipto são mantidas matas nativas para compor áreas de reserva legal. As nascentes também são protegidas. Em estudos realizados nas áreas da CENIBRA foram encontradas mais de 300 espécies de plantas convivendo com plantios de eucalipto, o que demonstra, claramente, não haver inibição da germinação de outras plantas nas áreas cultivadas.
Essas áreas protegem e fornecem alimentos para a fauna silvestre, entre outras funções. Além disso, a fauna silvestre utiliza as áreas de plantio de eucalipto para a construção de ninhos, locomoção e alimentação.
Plantações florestais não podem ter sua biodiversidade comparada com a das florestas nativas, às quais não visam substituir. Proporcionam madeira e produtos não madeireiros para os mais diversos usos, diminuindo a pressão sobre as florestas nativas, colaborando para a fixação do homem no campo e dinamizando a economia. Parcela considerável dos plantios comerciais é realizada por produtores rurais, via fomento. São as florestas sociais que geram circulação de riquezas, desconcentração fundiária, multiplicação de oportunidades e sustentabilidade da atividade florestal.