O Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) desencadeou, no início da madrugada de sábado, uma operação contra a pesca predatória. A ação ocorreu no rio Uruguai, na região de Porto Mauá, cidade situada a 80 quilômetros de Santa Rosa, na fronteira com a Argentina. De acordo com o comandante do CABM, tenente-coronel Otacílio Maia Cardozo, a instituição recebeu denúncias de que pessoas estariam pescando irregularmente no local. Foram feitas 22 prisões por prática de pesca ilegal e apreendidas sete embarcações, sendo três de alumínio com motor e quatro de madeira, a remo.
Como resultado da blitz, que usou um barco do Comando com quatro policiais militares e mais dois PMs por terra, foram apreendidos 100 quilos de peixes das espécies pintado, bicudo, tamanco e espada e confiscados materiais utilizados na pesca de espécies como o dourado: espinhel e potes com apetrechos do tipo empate, anzóis e chumbadas.
O tenente-coronel explicou que, apesar de a época da piracema já ter terminado e a pesca estar liberada, o dourado se mantém como exceção e ainda não pode ser pescado, pois quase foi extinto. "No defeso temos apenas o bagre, na área de Imbé e Tramandaí, que não pode ser pescado", esclareceu. As prisões, salientou o oficial, não ocorreram apenas pelos peixes que foram pescados, mas sim pelo local onde os suspeitos estavam atuando. Nessa parte do rio, existe uma corredeira onde é proibido pescar a menos de 200 metros dela. E era exatamente isso que o grupo estava fazendo. A proibição se explica por ali ser o local onde os peixes se reúnem para fazer a corrida rio acima.
(Correio do Povo, 07/02/2011)