Ao menos quatro localidades em Porto Alegre podem ser consideradas favelas, devido à falta de urbanização e saneamento básico, de acordo com o presidente da Federação Rio-Grandense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (Fracab), Leodomar da Rosa Duarte. Citou as vilas Timbaúva, Areia e Dona Teodora (ambas no bairro Navegantes) e Dique, que está em processo de remoção das famílias por parte da prefeitura. Segundo ele, a precariedade apresentada por alguns bairros na Capital é um problema antigo. "Alguns não têm água, nem luz, nem tratamento de esgoto", apontou.
Para Leodomar, a reurbanização dessas zonas de risco depende da liberação de recursos pelo governo federal. "O problema é que o país não tem dinheiro para bancar a melhoria na qualidade de vida das pessoas. Só na Capital, faltam em torno de 70 mil casas", alegou.
Conforme o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), existem no município cerca de 500 vilas irregulares. Para fiscalizar essa questão, o Ministério das Cidades disponibilizou, no dia 27, uma ferramenta digital de acompanhamento do trabalho social, de questão ambiental e da regularização fundiária a estados e municípios. O Relatório de Monitoramento de Operações, que irá auxiliar técnicos, deverá ser entregue a cada seis meses.
(Correio do Povo, 04/02/2011)