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parques eólicos política energética da china
2011-02-03 | Tatianaf

Pesquisadores da China, principal fornecedor de turbinas eólicas e paineis solares, trabalham para baratear o custo da utilização destas e de outras fontes renováveis de energia, conseguir que sejam mais eficientes e aumentar sua proporção na matriz energética deste país.

A China deu um grande salto até ficar à frente no setor de energias alternativas, mas é necessário maior investimento do governo se deseja brilhar nessa área, afirmam numerosos especialistas.

O professor Zhao Xingzhong, da Faculdade de Física da Universidade de Wuhan, pesquisa sobre células solares sensíveis à cor, uma alternativa mais eficiente e barata do que a habitual tecnologia fotovoltaica de semicondutores em estado sólido. As implicações práticas são evidentes, afirmou. “O processo de produção de células solares sensíveis à cor não produz dióxido de carbono, isto é, não causa contaminação ambiental”, disse Zhao à IPS. “Além disso, elas custam um quinto do valor dos semicondutores tradicionais fabricados com silício cristalino”, acrescentou. Sua equipe de pesquisa é única neste país e no mundo, mas ele afirma que o apoio do governo está longe de ser suficiente.

Coreia do Sul e Japão, segundo Zhao, investiram no total US$ 1,6 bilhão em tecnologia solar de terceira geração desde 2000. Na China, houve apenas cinco projetos locais na última década, sendo que cada um recebeu US$ 4,5 milhões. “É difícil superar o gargalo tecnológico pela falta de recursos econômicos”, lamentou. Nos últimos anos, a China se converteu no maior produtor de tecnologia para o setor de energias renováveis, superando os Estados Unidos na quantidade de turbinas eólicas e paineis solares fabricados.

A companhia Ernst & Young considerou, em setembro, este país como o melhor lugar para investir nessa área. As empresas chinesas, lideradas pela Suntech, com sede em Jiangsu, concentram um quarto da capacidade de produção de paineis solares e aumentam com rapidez sua participação no mercado, baixando os preços graças às fábricas de grande escala e ao seu baixo custo.

Em matéria de energia eólica, as empresas locais aumentaram com rapidez sua participação no mercado nos últimos anos, após a decisão do governo de aumentar os requisitos para associar-se com estrangeiros e de introduzir novos e grandes subsídios e outros incentivos para as companhias chinesas do setor. Em 2009, eram 67 fornecedores chineses de turbinas. A participação de empresas estrangeiras no mercado caiu de 70% para 37% nos últimos cinco anos. No entanto, a maioria das peças produzidas pelas companhias chinesas se baseiam em tecnologia desenvolvida no exterior, com escassa atenção para a inovação local no setor de energias alternativas.

A bioenergia pode ser utilizada para melhorar o padrão de vida nas áreas rurais, disse Wang Mengjie, subdiretor da Sociedade de Energia Renovável da China e ex-vice-presidente da Academia de Engenharia Agrícola. Wang trabalha em projetos para fornecer aos agricultores equipamentos capazes de transformar o lixo orgânico em biogás e fertilizantes.

A quantidade de usinas para produzir biogás nas zonas rurais da China superou os 35 milhões no final de 2009, as quais produzem mais de 12,4 bilhões de metros cúbicos ao ano, segundo o Ministério da Agricultura. O governo aumentou o orçamento para o biogás nos últimos anos para mais de US$ 754 milhões em 2009, em relação aos US$ 337,2 milhões em 2006 e 2007.

Entretanto, a China ainda tem de superar obstáculos tecnológicos na indústria da biomassa, disse Wang. “Em termos de tecnologia para óleo combustível de origem orgânica, países como Estados Unidos e Alemanha estão na frente, enquanto a China encontra-se em uma etapa incipiente”, explicou. Este país “não tem normas nem políticas definidas em matéria de energia a partir da biomassa. No contexto atual, não há possibilidades de as iniciativas se desenvolverem mais”, acrescentou.

O interesse da China nas energias renováveis se deve ao fato de ser uma oportunidade de negócios, dizem os críticos. A maior parte da produção é vendida para o exterior. Este país ainda não alcançou os Estados Unidos em termos de produção de energia renovável. Além disso, é o maior consumidor de carvão do mundo e, estima-se, queimará 4,5 bilhões de toneladas em 2020, segundo a Administração Nacional de Energia.

O carvão continuará ocupando dois terços da capacidade energética da China em 2020, mas o governo prometeu investir milhares de milhões de dólares para desenvolver as energias eólica, solar e nuclear. A Assembleia Popular Nacional, o órgão legislativo da China, obriga as empresas de eletricidade a comprar 100% da produção dos geradores de energias renováveis.

As fontes de energia que emitem pouco carbono representaram mais de um quarto da matriz energética chinesa no final de 2010, informou a agência estatal de notícias Xinhua, com base em estatísticas oficiais divulgadas em abril. Os dados mostram que se espera que as energias hidráulica, nuclear e eólica geraram, em seu conjunto, 250 gigawatts em 2010, e a derivada do carvão 700 gigawatts. (Por Mitch Moxley, IPS, Envolverde, 3/1/2011)

(Jornal JÁ, 03/02/2011)


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