Depois de 55 dias após a última investida da Diretoria de Controle Urbano (Dircon) quanto à poluição visual provocada pela propaganda irregular em viadutos da cidade do Recife, hoje foi a vez da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) bater no mesmo ponto. A iniciativa teve início no viaduto do Aeroporto Internacional dos Guararapes-Gilberto Freyre e se estenderá a outros seis pontos na capital até o final da próxima semana.
Nesta ocasião, a Emlurb está retirando os cartazes das pilastras onde são expostos, registrando a publicidade em fotografias para denúncia oficial junto às autoridades competentes. Em caso de punição judicial, os responsáveis pelas peças, incluindo as casas de show, produtoras e artistas, podem ser condenados a pagar multas que vão de R$ 260 a R$ 5 mil por cada cartaz, variando de acordo com tamanho e tipo de promoção, conforme a Lei Municipal 17.521/2008. "Trabalharemos, a seguir, no viadutos Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e o da Avenida Caxangá. Na próxima semana, será a vez dos localizados nas avenidas Norte, João de Barros e Cabanga, próximo ao Forte das Cinco Pontas", garantiu o gerente de Limpeza Urbana, Avelino Pontes.
Concluída, a ação deve promover uma limpeza no ambiente urbano bem diferente da iniciativa promovida pela Dircon no início de dezembro de 2010. No dia 03, a diretoria declarou guerra aos chamados ′lambe-lambes′, grandes cartazes de papel pouco espesso que constantemente ficam espalhados pela cidade. A ação foi iniciada no viaduto da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco, onde tarjas pretas com a inscrição "Propaganda Ilegal" foram fixadas acima de informações importantes dos eventos expostos, tais quais locais e horários.
Na ocasião, o plano seria o de desestimular esse tipo de publicidade e promover a limpeza dos locais em um prazo de cinco dias após a intervenção. No entanto, o que se percebe é que quase dois meses depois, as alterações continuam nos mesmos locais, junto aos mesmos cartazes antigos, muitos dos quais descascaram e sujam o ambiente, infelizmente trazendo mais prejuízos visuais à cidade do que a educação pretendida. Procurada pela nossa reportagem, a Dircon ainda não se pronunciou sobre o assunto.
(Por Ed Wanderley, Pernambuco, 28/01/2011)