A presidente Dilma Rousseff (PT) cancelou sua participação na inauguração da nova etapa de obras na Usina Termelétrica Presidente Médici. A agenda marcaria seu primeiro discurso em palanque desde que assumiu a presidência da República em 1 de janeiro. O Palácio do Planalto comunicou o cancelamento na noite de ontem, mas não informou o motivo da desistência da viagem. A presidente, desde a posse, vem concentrando sua agenda em reuniões internas com ministros.
Desde o início do mês, Dilma só teve compromissos oficiais fora do Planalto duas vezes: ao visitar o cenário de destruição provocado pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro e ao entregar a medalha 25 de Janeiro ao ex-vice-presidente José Alencar, em São Paulo.
A visita a Porto Alegre está mantida. Dilma chega às 18h30min e será recebida pelo governador Tarso Genro (PT). Às 19h, ela participa de ato em homenagem às vítimas do Holocausto, no Palácio do Ministério Público, no Centro da Capital gaúcha. Depois, retorna a Brasília. Será a primeira viagem oficial ao Rio Grande do Sul - nas outras vezes em que esteve no Estado, ela não teve agenda.
No dia da vinda da presidente ao Rio Grande do Sul, o secretário estadual do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta (PT), entregará ao governador um documento com as pautas de reivindicação do Estado junto à União. O texto trata basicamente da captação de investimentos federais, de obras de infraestrutura e de programas sociais. "Estamos sintetizando e hierarquizando as demandas mais urgentes", resumiu Motta. Ele mobilizou sua equipe nos últimos dias para elaborar o material a tempo de se antecipar ao encontro de Tarso com Dilma.
O governador apresentaria a pauta de demandas do Estado à presidente amanhã, durante o voo de Porto Alegre a Candiota. Mas com o cancelamento, o novo momento para a entrega dos pedidos do Estado será definido na reunião do núcleo de gestão, hoje pela manhã.
(Por Samir Oliveira, JC-RS, 27/01/2011)