Lixo espalhado pelas ruas, focos e monturos de sujeira nas esquinas, praças tomadas com matagal e abandonadas nas mãos de traficantes, calçadas quebradas, monumentos pichados, ruas esburacadas, ônibus atrasados e lotados em pleno período de férias e, pior de tudo, áreas de risco na iminência de serem levadas por alguma enxurrada.
Pior sim, porque a maioria do povo não vê, quando vê não observa, pensando que nada vai lhe acontecer. Sim, aqui talvez nenhuma mansão venha abaixo com chuvas, mas a casa de sua empregada pode, do porteiro, do segurança também. São centenas e centenas de pessoas que vivem em áreas de risco em Porto Alegre sem que o poder público tenha uma efetiva política de remoção e realocação destas pessoas.
Pior sim, porque a maioria do povo não vê, quando vê não observa, pensando que nada vai lhe acontecer. Sim, aqui talvez nenhuma mansão venha abaixo com chuvas, mas a casa de sua empregada pode, do porteiro, do segurança também. São centenas e centenas de pessoas que vivem em áreas de risco em Porto Alegre sem que o poder público tenha uma efetiva política de remoção e realocação destas pessoas.
Urge a Prefeitura determinar um espaço para que, através da política da Minha Casa, Minha Vida, haja um plano específico para as áreas de risco.
Já disse da Tribuna da Câmara que uma tragédia se anuncia na Vila dos Herdeiros, onde a barragem da Lomba do Sabão, existente há 60 anos, pode estourar com facilidade, pois nunca recebeu restauros ou cuidados maiores e porque o seu leito está tomado de uma erva que muitos chamam de marrequinhas que, por seu volume, são levadas pelas águas das chuvas, detonando com o volume e força tudo o que houver pela frente. Foi assim há algum tempo com o pontilhão ali existente, com algumas casas que foram arrasadas, tanto que nove famílias foram removidas, mas muitas famílias praticamente moram em cima do valão que ali esgota a água da barragem. O local está tomada dessas ervas mortas que trancam a passagem de águas, o lixo vai se juntando e acumulando, anunciando a tragédia.
Não é um caso isolado. Nas áreas públicas da FASC temos duas áreas de risco. Na Vila Silva Paes uma pedra maior do que um casa ameaça levar pela frente mais de uma dezena de casas. Na Glória, nas últimas chuvas houve desmoronamentos e pavor na comunidade.
Recebi contatos de outras comunidades como na Vila Pinto, Partenon, Vila Nova etc. Tenho percorrido estes lugares, fotografando, pois fotos não mentem, montando dossiês de cada local, mostrando à Prefeitura e aos gestores de plantão os riscos que estamos sofrendo na cidade.
Insisto em algo grave, porém menos grave; que tem importância, apesar do desdém do poder publico local: lixo espalhado pelas ruas, focos e monturos de sujeira nas esquinas, praças tomadas com matagal e abandonadas nas mãos de traficantes, calçadas quebradas, monumentos pichados, ruas esburacadas, ônibus atrasados e lotados em pleno período de férias.
* Vereador e presidente do PT-POA