A usina Candiota III é o primeiro grande negócio entre o Brasil e a China. Resulta da viagem do ex-presidente Lula a Pequim, em 2004.
Logo depois, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff levou o projeto aos chineses.
Foi ela quem negociou todos os detalhes da parceria que permitiu resgatar uma usina que ficou no papel mais de 20 anos, porque o dinheiro do financiamento foi desviado.
Os equipamentos encomendados a fabricantes franceses ficaram trancados no porto, por falta de pagamento.
A inauguração, nesta sexta-feira, 28, está marcada para às 10 horas e o cerimonial está recomendando aos convidados a que cheguem pelo menos uma hora antes em função do esquema de segurança que será montado no local.
A inauguração será em Candiota, na Rua Miguel Arlindo Câmara, 3601, ao lado da usina nova.
Candiota III, com capacidade instalada de 350 MW, opera ligada ao Sistema Nacional desde 3 de janeiro.
O empreendimento é a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região Sul, avaliada em R$ 1,3 bilhão.
A pedra fundamental foi lançada por Lula e Dilma em setembro de 2006.
A usina tem capacidade de abastecer uma população de um milhão de pessoas com o perfil do consumidor gaúcho.
Durante a obra chegaram a trabalhar 4.600 operários.
Para a operação e manutenção da usina são 176 empregados diretos da Eletrobras CGTEE, todos contratados por concurso público. Toda a equipe já está operando.
Adicionalmente, fixará outros 74 postos de trabalho terceirizados complementares (vigilância, limpeza, montagem e desmontagem de andaimes, isolamento térmico, etc), totalizando 250 empregos fixos.
A China detém expertise na produção de equipamento para termelétricas a carvão. Atualmente o País concentra o que existe de mais moderno em termos de tecnologia para produção de energia a partir do carvão.
Os chineses financiaram a obra, cujos equipamentos foram construidos por fabricantes de lá e montados com a supervisão de seus técnicos.
Uma delegação com 55 componentes da CGTEE foi enviada à China para treinamento.
(Jornal JÁ, 24/01/2011)