Cuidar da fauna tem sido um dos maiores desafios para ajudar na preservarção da Mata Atlântica. No Parque das Aves, zoológico particular em Foz do Iguaçu (PR), as araras, podem dormir tranquilas, sem medo de algum predador.
Muitas já nasceram em cativeiro, outras vieram de apreensões do tráfico de animais. Otto, um tucano, não está nada bem, as patas estão deformadas e uma das asas mutilada. Virgulino é cego de um olho e Perninha está com a perna quebrada. Todos foram vítimas do tráfico de animais.
“tem muito tráfico de animais por aqui? Tem bastante.// principalmente filhote de papagaio, chegam tucanos de bico verde, chega gavião, chega coruja e muito deles chegam em condições físicas muito ruins que a gente não consegue recuperar”, Yara de Melo Barros, diretora técnica do Parque das Aves.
O comandante da Polícia Ambiental de Foz do Iguaçu diz que o tráfico de animais diminuiu muito. “Nos últimos 6 anos que eu trabalho aqui nós tivemos 2 casos de tráfico de animais tentando adentrar no Brasil”, diz Valdeci Gonçalves Capelli, comandante da 4ª Companhia, observando que o tráfico de fauna é pouco rentável em comparação ao de drogas e armas.
O tráfico de armas e drogas não parece estar tão distante do tráfico de animais. No último mês de novembro, quando a polícia ocupou o Complexo do Alemão no Rio de Janeiro encontrou nas casas dos traficantes, além de armas e drogas, também animais silvestres.
Se os traficantes tiverem que atravessar a fronteira entre Foz do Iguaçu no Brasil e Cidade do Leste no Paraguai não encontrarão muita dificuldade.
Todos passam para o Paraguai e entram no Brasil, livremente.
Além do tráfico os animais silvestres enfrentam outro inimigo: os veículos que circulam pelas estradas que atravessam os parques. Na Argentina, o aeroporto fica dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
(G1, 24/01/2011)