A região Nordeste foi a grande vencedora do primeiro leilão de energia eólica realizado no Brasil, com 66 projetos aprovados. Entre as vantagens dos projetos concorrentes dos estados nordestinos é que a maioria conta com financiamentos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Rio Grande do Norte foi o primeiro colocado, com 23 novos empreendimentos eólicos, num total estimado de 657MW de potência instalada. Os empreendedores vencedores no RN foram Petrobras, Dobrevê Energia (Grupo Mawee), Consórcio Brasil dos Ventos (Furnas, Eletronorte, Bioenergy e JMalucceli), CPFL (Santa Clara) e Gestamp (na Serra de Santana).
O Ceará aparece em segundo lugar com 542,7MW, a Bahia possui 390MW e Sergipe tem outros 30MW. No Sul, somente o Rio Grande do Sul venceu, com 186MW.
O leilão negociou 753 MW médios de 71 empreendimentos, ao preço médio de R$ 148,39/MWh.. Esses projetos representam uma capacidade instalada de 1.805,7 MW (ou 783 MW médios de garantia física), localizados entre os estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Esse volume é o triplo do montante de energia eólica em operação no País hoje, que soma 602 MW de potência. Entre as empresas que venderam energia estão a Petrobras, a CPFL Energia (com sete usinas), a Renova Energia. A estimativa do governo é de que os investimentos nos projetos somam R$ 9,4 bilhões.
Uma alternativa para compensar a baixa competitividade das empresas de energia eólica do RS seria realizar leilões regionalizados. Outra, seria melhorar as condições de financiamento dos projetos já aprovadas, da empresa Ventos do Sul e da Eletrosul.
Estado Projetos(nº) Potência Quant comprada Pr(MWmédio) Invest(R$)
RN 23 657 286 150,96 3087,900
CE 21 542,7 218 150,40 2550,690
BA 18 390 171 145,19 1833,000
RS 8 186 68 141,87 874,200
SE 1 30 10 152,50 141,000
(Jornal Já, 17/01/2011)