Na primeira reunião do Pró-Sinos do ano - na última quarta-feira -, a entidade anunciou que em setembro a Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil deve entrar em funcionamento. A usina deverá ser implantada em São Leopoldo com a finalidade de atender o Vale do Sinos. O presidente do Pró-Sinos e prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, destacou a importância do projeto, pois será uma solução para problemas com os resíduos da construção civil.
‘‘Estamos construindo coletivamente um instrumento público de abrangência regional para solucionar um dos problemas mais graves dos municípios.’’ De acordo com o diretor executivo do Pró-Sinos, Júlio Dorneles, o investimento no projeto está estimado em R$ 1,5 milhão, e a verba foi repassada através de convênio com a Fundação Banco do Brasil. A demanda atual do Consórcio é preparar o edital de licitação para a construção da estrutura física.
Em reformas desde julho, o Ginásio Municipal Celso Morbach recebeu a visita do prefeito Ary Vanazzi ontem à tarde. "Acho que a obra vai dar uma dimensão nova para o ginásio. Agora vamos entrar nas normas dos bombeiros e isso aqui vai virar um ótimo centro de eventos", disse ele. Além de incrementar sua capacidade para abrigar mais 1,8 mil pessoas (atualmente comporta 4,2 mil), o local também irá contar com segurança superior. Estão sendo construídas escadas maiores e um corrimão de proteção para quem sobe e desce as arquibancadas. Quatro novas portas estão sendo abertas, todas com barras anti-pânico e as janelas serão protegidas com telas, para evitar quedas e arremesso de lixo. Os cadeirantes poderão usufruir de banheiros adaptados e um novo anel foi projetado para melhor circundar a quadra esportiva.
Área de 3 hectares
Atendendo diretamente a oito municípios do consórcio, onde concentra-se a maior geração de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, a área utilizada será de três hectares, ao lado do aterro sanitário municipal, no bairro Arroio da Manteiga. De acordo com o assessor técnico do Pró-Sinos, Maurício Prass, a área sugerida está adequada às exigências ambientais e operacionais, pois está distante de centros urbanos, tem acessos asfaltados, proximidade com a BR-116, área terraplenada e topografia adequada à instalação.
O presidente do Pró-Sinos, Ary Vanazzi, explicou que os resíduos da construção civil serão transformados em brita e areia, por exemplo, que retornarão para outras obras com um custo bem mais baixo para os construtores. ‘‘O impacto no meio ambiente também diminuirá porque os restos de obras não serão mais colocados em terrenos e ruas.’’
Objetivo é também gerar empregos
Conforme o prefeito e presidente do Pró-Sinos, Ary Vanazzi, a usina será uma empresa pública administrada pelo consórcio. ‘‘A geração de empregos será determinada pela demanda que teremos. Vamos ter equipamentos e caminhões para buscar os entulhos e distribuí-los depois. Essa será uma forma de geração de renda. A outra poderá ser através do material que será recolhido pelos papa-entulhos existentes’’, finalizou.
(Por Alessandra Stieler, Diário de Canoas, 15/01/2011)