As chuvas de verão mostraram mais de uma vez esta semana na prática um dos grandes problemas de Porto Alegre que preocupa o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) há muito tempo: os focos de lixo. É o lixo descartado irregularmente na rua, fora de dias e turnos das coletas regulares e em locais absolutamente inadequados. A teoria fica exposta na prática quando a força de uma intensa chuvarada tem ação mais visível do que a rotina de animais, ventos ou chuvas fracas e catadores informais.
“Nós temos insistido muito nesse ponto, principalmente porque o problema é crescente na cidade. Se a população não se conscientizar de que é preciso ter mais disciplina no descarte do seu lixo, fica impossível evitar o que aconteceu terça-feira e hoje à tarde. O prejuízo é geral, de nós todos que vivemos na cidade”, explica o supervisor de operações do DMLU, Adelino Lopes Neto.
O DMLU tem uma empresa contratada que coleta exclusivamente lixo público (lixo que fica fora das coletas regulares, domiciliar e seletiva) e atualmente contabiliza a retirada de 500 toneladas diárias dos mais de 300 focos de lixo cadastrados. Alguns pontos chegam a ser limpos quatro vezes no mesmo dia. Esse retrabalho que poderia ser minimizado conforme o comportamento da população custa aos cofres públicos hoje R$ 800 mil a cada mês.
(Prefeitura de Porto Alegre, 14/01/2011)