A prefeitura de Lavras do Sul, município a 320 km de Porto Alegre (RS), decretou situação de emergência por causa da seca nesta quarta-feira (12) . Segundo a Defesa Civil, é a quinta cidade a decretar a mesma situação no Estado.
As outras cidades que decretaram estado de emergência são: Candiota, Herval, Pedras Altas e Santana do Livramento. O Estado contabiliza prejuízos na lavoura e na pecuária de mais de R$ 31 milhões por causa da seca, segundo laudo da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).
Os prefeitos de Hulha Negra e Piratini também já assinaram decretos de situação de emergência, segundo as prefeituras municipais. Os documentos, no entanto, ainda não foram homologados pela Defesa Civil. A prefeitura de Pinheiro Machado informa que está reunindo documentos e deve decretar situação de emergência entre esta quarta e quinta-feira.
Segundo o secretário do Planejamento de Lavras do Sul, Cláudio Munhós, as perdas são superiores a 60% do PIB (Produto Interno Bruto) da cidade, que é estimado em R$ 50 milhões. Ele disse que a última forte precipitação na região ocorreu em setembro.
- Nos primeiros dias de janeiro, vieram algumas chuvas esparsas.
O gado, que é a base da economia de Lavras, foi o mais prejudicado. A natalidade do rebanho, que conta com 310 mil cabeças, caiu 30%. O prejuízo financeiro é estimado em mais de R$ 11 milhões. A perda de peso e a redução dos animais para abate foi de 24%, o equivalente a pouco mais de R$ 15 milhões.
A estiagem na lavoura de soja, plantada em 6.500 mil hectares, provocou dano em 26% da principal cultura agrícola do município. O valor chega a R$ 2,6 milhões em perdas. O milho sofreu prejuízos em 73% dos 3.000 hectares cultivados, o que representa R$ 1,9 milhão. Já o feijão teve uma redução de 80%. Um prejuízo financeiro de R$ 24 mil.
O vice-prefeito de Lavras do Sul, Paulo César dos Santos, está em Porto Alegre para buscar ajuda com a Defesa Civil. O município encaminhou o laudo dos prejuízos e a cópia do decreto de situação de emergência para Brasília (DF).
A prefeitura está auxiliando os cerca de 2.000 moradores das 150 propriedades da zona rural com água transportada por um trator. Segundo o secretário do Planejamento, os açudes na região estão todos secos.
(R7, 13/01/2011)