Um ano após o terremoto que devastou o Haiti, a WSPA faz um balanço de todos os esforços empreendidos na prestação de socorro aos animais do país e na reconstrução de toda a sua infraestrutura veterinária, com o objetivo capacitar o povo haitiano para a proteção adequada aos animais dos quais dependem.
Depois da tragédia, a WSPA e o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW) se juntaram para formar a "Coalizão para Ajuda aos Animais do Haiti" (ARCH) - um esforço conjugado visando a uma coordenação mais integrada dos vários grupos dedicados ao bem-estar animal.
Agindo de forma conjunta, estes grupos trabalharam junto com o governo haitiano, as Nações Unidas e outras agências internacionais para resolver os problemas mais comuns relacionados aos animais do país. Até hoje, a ARCH já prestou socorro a mais de 50 mil animais ao longo dos últimos 12 meses, ao mesmo tempo em que ajudou a população haitiana - que recebeu muito bem as operações de socorro - a compreender melhor a importância do bem-estar animal.
Para Gerardo Huertas, Diretor Operacional de Gerenciamento de Desastres nas Américas da WSPA, iniciativas como esta farão toda a diferença em longo prazo. Ele destacou ainda o papel da ARCH no restabelecimento da infraestrutura veterinária no país: "Ajudamos na restauração do Laboratório Veterinário Nacional, além de termos montado uma clínica veterinária móvel e unidades de refrigeração à base de energia solar, essenciais para estocagem e distribuição de vacinas nas temperaturas apropriadas", relatou o diretor.
Ainda segundo Huertas, os abalos menores, a eclosão de doenças, e uma turbulenta situação política têm feito com que os membros da Coalizão e a população haitiana se deparem com inúmeros outros desafios. Mas considera o apoio da administração local e o "espírito incansável" dos membros da Coalizão essenciais para a execução do trabalho no país.
"Embora já tenhamos prestado mais de 75% da assistência prevista, nosso trabalho no Haiti ainda está longe de terminar. Num retrospecto, não seria injusto afirmar que esta provavelmente foi a melhor operação pós-desastre que realizamos para socorrer animais, focando-nos em um melhor preparo para calamidades futuras e, desde o começo de nossos esforços, na redução de riscos", pondera Huertas.
(Envolverde/Maxpress, 13/01/2011)