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seca e estiagem
2011-01-12 | Tatianaf

Não bastasse o risco de desabastecimento – caso a estiagem continue nos próximos dias –, um outro problema está preocupando autoridades do Município e o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae). São as ligações irregulares da rede de água feitas por moradores de áreas invadidas como Cohab-Duque, Cerâmica Anita, ETA2, Vila Brás, Vicentina e Alambique.

Segundo o diretor do Semae, Ronaldo Vieira, esses desvios, conhecidos popularmente como gatos, representam uma perda de água de 15% para o Município. "Esse é um índice alto. Sabemos quais são os pontos em que ocorrem os gatos. São áreas de ocupação irregular e não podemos colocar a rede nesses locais, pois a legislação não permite. Para 2011 um das metas é regularizar, de alguma maneira, para diminuir as perdas. A criação de uma rede emergencial servirá para organizar e evitar desperdício.’’

De acordo com Vieira, nos pontos em que há desvios irregulares, os moradores usam a água sem qualquer custo e, muitas vezes, indiscriminadamente. No entanto, a comunidade que paga seus impostos acaba também pagando a conta de quem está irregular. Além disso, um decreto prevê multa para quem desperdiçar água nessa época.

Sobre a estiagem
Conforme Ronaldo Vieira, as pancadas de chuva esparsas têm salvado o Rio dos Sinos e mantido o nível entre 1,2 e 1,4 metro. Apesar disso, o pedido de racionamento permanece já que o nível ideal é de 2,5 metros. "Ainda estamos preocupados, pois o Sinos tem uma característica de baixar rapidamente. No momento, consideramos que ele está em nível de alto risco. Ainda não apresenta problemas significativos de captação, mas a qualidade da água já começou a cair’’, afirmou Vieira, que ressaltou também que dez dias sem chuva são suficientes para que o nível reduza a menos de um metro.

Nem gato, nem luz, nem água
Em alguns pontos da cidade ainda existem moradias sem água encanada. É o caso do casal Marcelo Régis Santos, 42, e Fabiana da Rosa, 41. Eles moram em uma base ecológica que fica a 500 metros da Casa de Bombas do Semae, no bairro Vicentina. Eles são obrigados a viver constantemente economizando água, pois o caminhão da autarquia só vai ao local uma vez por mês para deixar cinco mil litros na caixa d’água. "Nas duas últimas semanas de dezembro ficamos sem água. Passamos o Natal e o ano-novo nessas condições’’, contou Fabiana, que para economizar só lava roupa uma vez por semana e usa o Rio dos Sinos para tomar banho.

"Quando vemos que a água está acabando, tomamos banho no rio.’’ Além de não terem água encanada, o local também não possui luz elétrica. "Não podemos nem tomar uma água gelada, porque não temos geladeira’’, ressaltou Marcelo, que lembrou também que o calor está dando prejuízo para a pequena propriedade, já que metade das galinhas morreram de sede.

Há um ano em situação irregular
Uma área invadida próxima ao Rio dos Sinos, na Feitoria, é um exemplo de local onde existe desvio de água. De acordo com um morador que não quis se identificar, quando ele chegou ao local com a família para viver, há um ano, a ligação já estava feita. "Nunca faltou água aqui em casa, só quando o rio está realmente muito baixo. Além disso, não pagamos nada, nunca nos cobraram alguma taxa’’, afirmou ele, que mora com a esposa e três filhos. "Acredito que o Semae não vai regularizar a situação, porque sempre ouvimos que vão nos retirar daqui, então estamos aguardando.’’ Apesar dos gatos, o local tem hidrômetro. "Esses casos de moradias com hidrômetro, mas que o proprietário fez desvio, são mais graves ainda. Neste ano vamos intensificar a fiscalização’’, ressaltou Vieira.

(Por Isabella Belli, Diário de Canoas, 11/01/2011)


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