A execução de um novo aterro sanitário em substituição ao atual, que opera no limite após 14 anos operando sem licença ambiental, não é a medida ideal de acordo com a Cetesb.
Na avaliação do engenheiro da companhia, Naoto Ayabe, mesmo com todos os pré-requisitos exigidos para a liberação de um aterro, ainda existem impactos ambientais incontornáveis. “A geração do metano, gás extremamente poluente, a partir da decomposição do lixo é apenas um dos exemplos. A opção pela usina de reciclagem e compostagem, como estava previsto, seria muito melhor pela análise da sustentabilidade”.
O engenheiro reiterou também a posição contrária da Cetesb a intenção da prefeitura de conseguir liminar para depositar o lixo do município em área improvisada até a conclusão do novo aterro, que leva pelo menos dois anos. “Aquela área atual já não possui licença e não podemos ser favoráveis ao depósito irregular de lixo em terreno sem qualquer preparo ao lado”.
Caso não consiga a liminar na Justiça a prefeitura já reconhece que terá que gastar cerca de R$ 500 mil por mês para levar o lixo para ser acomodado em outro município, até a conclusão do novo aterro. Assim, o município terá que desembolsar pelo menos R$ 12 milhões nos próximos dois anos, o dobro do que atualmente é gasto com o manuseio dos resíduos.
(Diário de Marília, 08/01/2011)