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lixo nas cidades
2011-01-07 | Tatianaf

Quem esteve ontem pela manhã na orla do Guaíba, entre a Usina do Gasômetro e a foz do Arroio Dilúvio viu um cenário que lembrava um lixão. Com a baixa no nível da água nos últimos dez dias, resultado da estiagem nos rios que desembocam no Guaíba, todo o tipo de material descartado pela população surgiu ao longo da margem. Sacolas plásticas, garrafas pet, cadeiras, pneus, o esqueleto de um sofá e até carcaças de animais ficaram expostos.

- Falta de consciência

Enquanto 15 garis do DMLU recolhiam parte do entulho acumulado em frente ao Parque Maruício Sirotsky Sobrinho, o capataz da equipe, José Carlos de Lima, 53 anos, lamentava a falta de conscientização da população:

– Em 35 anos trabalhando na limpeza da região, já recolhi de tudo deste Guaíba. Não dá para entender por que as pessoas não percebem o erro que estão cometendo ao maltratar a natureza.

- Mau cheiro permanece

Três funcionários do DMLU fazem a manutenção diária do trecho. Nas quintas-feiras, a equipe das Ilhas, de José, faz a limpeza “mais pesada”, como os garis costumam dizer. Num dia, eles chegam a retirar duas caçambas de entulho, cerca de seis toneladas.

– As pessoas costumam jogar desde geladeira até sofá na água. No mês passado, retiramos da orla uma ovelha inteira sem cabeça e 12 cabeças de cabrito. O problema é que o mau cheiro fica – contou o capataz.

- Secretaria faz ação para conscientizar

Em 2010, cerca de 25 mil pessoas participaram das palestras e oficinas promovidas pelo Centro de Educação e Informação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam). Para a coordenadora do Centro, Jaqueline Lessa Maciel, o tema lixo passa também pela questão cultural:

– Muitos pensam que só têm responsabilidade sobre o lixo até fechar a sacola para descartar. Qualquer ação mais simples, como jogar na rua o papel de um bombom, pode ter consequências desastrosas na natureza. É o que vemos hoje com a poluição do Guaíba.

Se, até 2007, o público alvo eram os estudantes, hoje a realidade é outra. Empresas, grupos de mães e associações de bairros têm solicitado o trabalho do Centro.

– Nosso objetivo é formar multiplicadores, acabando com a ideia de que o lixo jogado na rua é apenas culpa do poder público que não limpa – afirmou Jaqueline.

Para este ano, o Centro está agendando atividades. Os contatos são 3289-7580 e 3289-7586.

- Nível está caindo

De acordo com a Defesa Civil de Porto Alegre, em dez dias o nível do Guaíba diminuiu 31cm, marcados na régua instalada no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Ontem, a medição indicou 41cm naquele trecho.

– É comum esta diminuição do Guaíba no verão. Nas condições atuais, o nível ainda não causa problemas para a navegação e para o abastecimento porque ele varia muito de um ponto da orla a outro – explicou o chefe do grupo de primeira abordagem da Defesa Civil de Porto Alegre, Márcio Cardoso.

SIGA AS DICAS DO DMLU
- Domingo não é dia de coleta, não exponha seu lixo.
- Não jogue lixo no chão.
- Jamais descarte óleo de fritura na pia ou vaso sanitário.
- Não coloque o lixo para fora de casa em dias ou horários em que não há coleta.
- Confira no site (www.portoalegre.rs.gov.br/dmlu) ou ligue para o 156 e se informe sobre o turno e os dias da coleta de lixo na sua casa.
- Não coloque o seu lixo (comum) nas caçambas que estão recolhendo resíduos da construção civil.
- A água é mais importante do que o lixo seco, por isso ninguém deve lavar embalagens para tirá-las do lixo comum. Nesse caso, deixe lá.

(Por Aline Custódio, DIÁRIO GAÚCHO, 07/01/2011)


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