A BP e seus parceiros tomaram uma série de decisões relacionadas ao corte de custos que contribuíram para o vazamento de petróleo que atingiu a costa do golfo do México (EUA) no ano passado, afirmou uma comissão da Casa Branca nesta quarta-feira.
A explosão na plataforma de petróleo da BP no golfo do México ocorreu em 20 de abril e provocou a morte de 11 pessoas após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, além de jogar no mar mais de 4 milhões de barris de óleo, no pior desastre ambiental da história dos EUA.
Em seu relatório final sobre as causas do maior vazamento de petróleo em alto mar da história dos Estados Unidos, a comissão afirmou que a BP e seus colaboradores no poço Macondo não tinham um sistema para garantir que suas operações estivessem em segurança.
"Seja intencional ou não, muitas das decisões que a BP, a Halliburton e a Transocean tomaram, e que aumentaram o risco de explosão do Macondo, claramente fizeram aquelas empresas economizarem tempo [e dinheiro]", disse o relatório.
Embora a comissão não tenha autoridade para estabelecer políticas ou punir as companhias, suas conclusões poderão influenciar futuros casos civis e criminais relacionados ao vazamento.
JUSTIÇA
Em meados de dezembro, o governo americano entrou com uma ação contra a britânica BP (British Petroleum) e oito empresas associadas para obter indenizações pelo vazamento de petróleo no golfo do México, o pior da história dos Estados Unidos.
O Departamento de Justiça norte-americano pretende impor o pagamento dos prejuízos ambientais e todos custos envolvidos com a limpeza da área.
Com isso, o governo quer que seja determinada a responsabilidade civil pelo desastre, e pede uma indenização com base na lei contra a contaminação petroleira e na lei de águas limpas.
(Folha.com, 05/01/2011)