Os investimentos previstos em fontes nucleares e em usinas termelétricas são os maiores já autorizados até agora, superiores aos investimentos em usinas hidrelétricas e em fontes alternativas de energia. A usina nuclear Angra 3 já tem concessão e autorização, e está em construção há seis meses. Parte dos recursos é proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
Somente para as obras da usina nuclear Angra 3 estão previstos entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões. A usina deve começar a funcionar em 2015. Os dados dos investimentos previstos estão no Plano Decenal de Energia (PDE 2010-2019), aprovado no fim de novembro do ano passado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia.
Quando Angra 3 começar a funcionar vai gerar 1,4 gigawatt. Atualmente, as usinas de Angra 1 e Angra 2 produzem 2 gigawatts de energia, o equivalente a 40% do consumo de energia no Rio de Janeiro.
Além de Angra 3, a Eletrobras Eletronuclear pretende instalar de quatro a oito usinas em estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. As primeiras usinas serão maiores do que Angra 1 e pouco menores do que Angra 3.“É mais provável que sejam oito usinas ao todo, e não quatro”, diz o presidente da Eletrobras Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro. “Tenho convicção de que a quarta usina nuclear é para agora, no governo Dilma.”
No Nordeste deve ser instalada a primeira usina, depois de Angra 3. A segunda, no Sudeste. “A posição de Dilma é muito clara: ela defende segurança no fornecimento e modicidade tarifária, com tarifas mais baratas. Por isso as hidrelétricas são a primeira opção e as usinas nucleares, a segunda”, afirma Othon. O avanço da energia nuclear e o uso de termelétricas fazem parte do planejamento energético feito pelo governo federal para os próximos 10 anos.
(Envolverde/Agência Rio de Notícias, 04/01/2011)