(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
hidrelétricas na amazônia
2011-01-04 | Tatianaf

O futuro da região Amazônica brasileira como grande fornecedora de energia elétrica não vai se limitar aos projetos já leiloados até 2010, que vão elevar de 10 mil para 30 mil megawatts (MW) a capacidade de produção da região. Depois de Belo Monte, Madeira e Teles Pires, a expectativa é de que nos próximos anos outras onze usinas hidrelétricas sejam licitadas na região, acrescentando mais 15,8 mil MW ao sistema. E para transportar os mais de 45 mil MW que serão produzidos na chamada Amazônia legal - que inclui a floresta de parte do Mato Grosso - para o centro de consumo do país, cerca de 23 mil quilômetros de linhas de transmissão serão construídos.

O desafio continuará sendo o licenciamento ambiental. Os grandes linhões do Madeira, licitados em 2009, continuam sem licenciamento. E o governo terá ainda de leiloar importantes projetos para ligar outras usinas como a de Teles Pires e Belo Monte. Para os projetos futuros de usinas hidrelétricas, a grande expectativa dos investidores gira em torno dos projetos do complexo do rio Tapajós, no Pará, que vão somar 10 mil MW e já levam grandes investidores do setor a se movimentar e fazer estudos na região.

A principal usina, a de São Luiz do Tapajós, tinha previsão de ser leiloada no ano passado. Mas de acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o projeto de estudo de impacto ambiental só terá início agora e a expectativa é de que o leilão aconteça em 2012. Pelo atual estudo de viabilidade, conduzido pela Eletrobras, a usina terá capacidade de gerar 6.133 MW, mas Tolmasquim diz que os estudos, que estão sendo feitos, indicam a possibilidade que esse potencial seja elevado.

Este ano, estão previstos os leilões das usinas Sinop e São Manoel, ambas fazem parte do complexo do rio Teles Pires e têm capacidade instalada, respectivamente, de 461 MW e 746 MW. A Neoenergiacom Furnase Odebrecht, como construtora, venceram o leilão da principal usina do complexo, do mesmo nome do rio, e com capacidade de 1,8 mil MW. A disputa pela usina foi acirrada e a Neoenergia baixou fortemente o preço, levando a concessão por R$ 58,36 o Mwh. O preço, com deságio de mais de 30%, surpreendeu até mesmo integrantes do governo federal.

As usinas do rio Teles Pires tiveram seus estudos de viabilidade integralmente realizados pela EPE, o que, segundo Tolmasquim, deu mais equilíbrio ao leilão realizado em dezembro. Quatro consórcio se inscreveram na disputa e tinham igualdade de informações públicas. "Quando a EPE faz os estudos, evita que um dos atores tenha informação privilegiada", disse Tolmasquim. A questão começou a ser amplamente discutida nos leilões das hidrelétricas do Rio Madeira. Odebrecht e Furnas realizaram os estudos de viabilidade e por isso acreditava-se que tinham informações privilegiadas em relação a outros competidores, apesar da obrigação de que todos os dados fossem divulgados.

De qualquer forma, no leilão de Jirau, o consórcio liderado pela GDF Suezcom a Camargo Corrêasaiu vencedor alterando o eixo de construção da usina. Na tentativa de colocar a EPE como parte de qualquer estudo de viabilidade realizado, já foi enviada uma proposta ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para que o órgão tenha poderes de fiscalização desses estudos e possa exigir relatórios parciais de todo o trabalho realizado. "Seria ainda interessante que ao fim de cada etapa do trabalho fosse realizado um seminário com exposição pública de todo o projeto", diz.

Se o planejamento realizado para o setor se concretizar, somente a região Norte passará a produzir 24% de toda a energia do país em 2019. Um salto de 277% e que vai tirar a importância do Sudeste no fornecimento de energia. A Amazônia legal, já com as licitações realizadas, será responsável por 30% de toda a geração hidráulica. Todos os grandes geradores de energia estão de olho nos projetos que virão. Em um setor que tem sido difícil a consolidação por meio da compra de ativos, as novas usinas, e as da Amazônia especificamente, vão desenhar o mapa dos grandes geradores do país.

(Por Josette Goulart, Valor Econômico, Rondonia Dinamica, 03/01/2011)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -