O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou em novembro o desmatamento de 65 km² de floresta, considerando apenas áreas com supressão total da floresta, onde o solo fica exposto. A estimativa está em relatório do órgão divulgado nesta quarta-feira (22).
A área detectada equivale a 40 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a 1,6 vez o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, no Rio. Só em outubro, haviam sido detectados 153 km² de devastação na Amazônia Legal, que engloba os estados do Norte, mais Mato Grosso e parte do Maranhão.
De acordo com o Imazon, a devastação registrada em novembro representa redução de 13% em relação ao mesmo período de 2009. No ano passado, a área desmatada somou 75 km² para o mês de novembro.
Mato Grosso registrou 38% do desmatamento observado para outubro de 2010, de acordo com o Imazon. Outros estados que mais desmataram no período foram o Pará (29%), Rondônia (20%), Roraima (5%), Amazonas (5%) e Acre (3%).
O relatório também indicou degradação florestal de 188 km² em novembro, que corresponde a um aumento de 548% em relação a novembro de 2009 ("extremamente expressivo", segundo o texto), quando foram degradados 29 km² de floresta.
Segundo o Imazon, a degradação acumulada entre agosto e novembro somou área de 2.805 km², o que representa um "aumento expressivo", de 256%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando a degradação atingiu 789 km².
Por conta da cobertura de nuvens em novembro de 2010, foi possível monitorar 30% da área da Amazônia Legal. (AL)
(Globo Amazônia, 23/12/2010)