Tão logo o governador eleito Tarso Genro tome posse do cargo, os empreendedores em energia eólica do Rio Grande do Sul apresentarão uma reivindicação do setor. Os investidores querem a concretização de um programa de incentivo à energia eólica no Estado. Um dos dirigentes que irá propor esse pleito ao governador será o presidente da Ventos do Sul Energia, Telmo Magadan. O executivo relata que o assunto também será defendido pela Federasul, entidade da qual ele é vice-presidente e coordenador da Divisão de Infraestrutura, Energia e Comunicações.
Magadan afirma que o Rio Grande do Sul tem que enfrentar de uma maneira mais eficaz a concorrência com os estados do Nordeste. Ele lembra que aquela região tem predominado nas disputas dos últimos leilões de energia eólica promovidos pelo governo federal. Nesses certames, os projetos gaúchos foram responsáveis por apenas aproximadamente 10% do total de energia comercializada.
O presidente da Ventos do Sul Energia enfatiza que o Estado precisa criar incentivos para atrair investidores e confrontar o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, que reduz os juros do investimento naquela região. Entre os empreendedores que apresentam interesse no Rio Grande do Sul está o grupo Elecnor/Enerfin (controlador da Ventos do Sul Energia).
Magadan destaca que o grupo já manifestou a intenção de continuar investindo no Estado. A companhia foi responsável pela construção do parque eólico de Osório, de 150 MW, e nesta semana concluiu a obra do parque de Palmares, localizado em Palmares do Sul. O complexo inicia sua geração com uma capacidade de 8 MW, contudo logo será ampliado. No total, o grupo Elecnor/Enerfin já tem definida a expansão em mais 142 MW eólicos no Rio Grande do Sul, nos municípios de Osório e Palmares do Sul. O investimento nessa iniciativa é estimado em cerca de R$ 800 milhões. A soma das potências dos parques e projetos da empresa (300 MW) corresponde a cerca de 8% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul.
(Por Jefferson Klein, JC-RS, 23/12/2010)