Após anos sendo relegados a apenas uma parte ínfima do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, os países africanos começam a fechar parcerias importantes no mercado de carbono.
Na semana passada, a companhia de energia do Quênia, KPLC, assinou um acordo com o Standard Bank para o desenvolvimento de uma estratégia de iluminação eficiente.
“Estimamos que este projeto nos permitirá evitar emissões de aproximadamente 90 mil toneladas de dióxido de carbono para o atmosfera ao ano além de mitigar as mudanças climáticas. Se for registrado sob a UNFCCC, (o projeto) pode gerar cerca de Kshs 100 milhões anualmente”, comentou o diretor e CEO da KPLC Joseph Njoroge.
O projeto deve resultar na economia de mais de 128 mil kWh ao ano e na redução da demanda de pico em 60 MW, completou Njoroge.
De acordo com Greg Brackenridge, diretor do CFC Stanbic Bank Ltd., unidade queniana do Standard Bank, o grupo já vem trabalhando há um ou dois anos no desenvolvimento de negócios relacionados ao carbono em 17 países da África subsaariana.
“O fato de estarmos sediados na África nos posiciona idealmente para combinar visões locais com nossa capacidade global no comércio de carbono visando modelar respostas e fundos que atendem à necessidade de desenvolvimento sustentável no continente”, comentou Fenella Aouane do escritório de comércio de emissões do Standard Bank em Londres.
Outros projetos de carbono passíveis de colaboração entre as duas instituições envolvem tecnologias de LED, extensão da rede de energia e energias renováveis.
(Por Fernanda B. Müller, Carbono Brasil, Envolverde, 22/12/2010)