O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já identificou a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, como a maior emissora fixa de poluição do ar no Estado do Rio de Janeiro. Com base nesse dado, o presidente do Inea, Luiz Firmino Martins, afirmou hoje que pretende apertar o cerco da fiscalização para tentar diminuir as emissões de poluentes pela companhia. Segundo ele, a Reduc já tem um modelo de monitoramento do ar em Caxias, mas o problema é que a poluição não se restringe a esse local e acaba também piorando a qualidade do ar nas regiões próximas à refinaria.
Martins disse que a refinaria é antiga e precisa modernizar seus procedimentos para diminuir as emissões, que contribuem para a poluição do Rio de Janeiro. O presidente do Inea afirmou ainda que o governo estadual já tem um acordo com a França para a concessão de equipamentos e troca de tecnologia para melhoria do sistema de monitoramento da qualidade do ar, iniciativa que será incluída no projeto Ar do Rio.
A intenção é ter mais informações sobre a qualidade do ar, o que irá influenciar no licenciamento ambiental do Inea. Com o trabalho de fontes emissoras de poluentes atmosféricos no Rio será possível, afirmou Martins, verificar quais os locais em que a poluição está mais forte e estratégias para reduzi-la. A siderúrgica Gerdau aderiu ao convênio fechado entre o governo do Rio de Janeiro e a França, que terá duração de 15 meses e investimento de US$ 1,4 milhão.
(Por MÔNICA CIARELLI, Agencia Estado, 22/12/2010)