Antes de um amplo projeto urbanístico para a área do Dilúvio, a prefeitura da Capital aposta nas ações para despoluir o arroio. Apesar de elogiar os projetos apresentados por Zero Hora, em reportagem da edição de domingo, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flávio Presser, afirma que o foco da administração está na diminuição do esgoto cloacal jogado no Dilúvio
Zero Hora apresentou quatro ideias de urbanização do arroio, com projetos de arquitetos para devolver a área do Dilúvio aos porto-alegrenses. As propostas – sem preocupações orçamentárias – vão desde a recuperação das bordas do arroio, com pistas para caminhada e pontos de descanso, até a construção de um metrô aéreo (confira quadro ao lado).
Segundo Presser, todas as ideias apresentadas são possíveis de serem realizadas – algumas com maior viabilidade do que outras. Sem fazer comentários específicos sobre cada uma, ele destaca, entretanto, que uma intervenção na área deve ser gradativa e que não estão previstos projetos de urbanização de porte semelhante aos apresentados.
– Temos iniciativas mais pontuais, em menor escala. Com a construção da ciclovia, que deve iniciar em breve, serão feitas ou recuperadas as calçadas ao longo do arroio. Com isso, haverá alguns pontos de descanso e lazer. Também haverá a recomposição da vegetação da borda. Esse conjunto de ações faz parte do programa Pró-Dilúvio – explica.
As propostas dos arquitetos
CENTROS DE CONVIVÊNCIA
Espaços para incrementar o cotidiano dos porto-alegrenses são a base do projeto de Edson Mahfuz, professor da UFRGS. Os prédios de três a quatro andares junto a plataformas sobre o arroio teriam bibliotecas, centros de saúde e salões de uso múltiplo.
PLATAFORMAS PARA UNIR A IPIRANGA
Plataformas montadas sobre o arroio para integrar a vizinhança. Essa é a proposta das arquitetas da Urbana Arquitetura, que prevê praça com bancos, zona para feiras livres e um metrô de superfície de baixa velocidade.
METRÔ AÉREO
A dupla de arquitetos Moacyr Moojen e Sérgio Marques projeta transformar a Avenida Ipiranga em uma Via Universitária, com um metrô aéreo ligando o Centro ao Campus do Vale da UFRGS. Haveria espaço para prática de esportes.
URBANIZAÇÃO PELAS BORDAS
Para a arquiteta Maria Isabel Milanez, coordenadora da pós-graduação na UniRitter, a área do Dilúvio deve ser dos pedestres. Ela propõe faixa segregada para caminhada, ciclovia, equipamentos aeróbicos e arborização urbana que reforce a linha e as bordas do arroio e da Avenida Ipiranga.
(Zero Hora, 20/12/2010)