A solução encontrada por Lajeado, no Vale do Taquari, para evitar o abandono de animais domésticos é do tamanho de um grão de arroz. A Secretaria do Meio Ambiente pretende colocar chips de identificação em todos os cães e gatos do município.
Além de reduzir o abandono, a medida deve ajudar a criar programas de controle da proliferação de animais. Há dois anos, o Centro de Controle de Zoonoses e Vetores da cidade já faz a implantação dos chips nos animais que serão adotados.
Para o motorista Carlos Eduardo Abreu, 40 anos, a aplicação do chip em Floquinho — cão que ele adotou há um ano — só traz tranquilidade.
— Acho que não causa nenhum mal, porque ele parece nem sentir o chip. Dá mais segurança. Todas as informações dele estão ali — diz o dono.
A partir de fevereiro, a iniciativa vai se estender a todos os cães e gatos da cidade. A aplicação do chip será feita por agentes que vão visitar as residências. O chip, aplicado com uma agulha sob a pele do animal, conterá informações, como raça e pelagem, e também dados do proprietário, como nome, endereço e telefone.
Donos relapsos poderão pagar multa de R$ 500
A estimativa é de que 15 mil animais recebam a identificação. A implantação em todo o município deve levar cerca de quatro meses.
— Percebemos que, em muitos casos, os animais que estão na rua têm dono. A pessoa não pode simplesmente descartar o bicho por não querer mais — diz a secretária de Meio Ambiente, Simone Schneider.
Após a aplicação dos chips, os animais que forem encontrados na rua vão passar por um leitor para identificar o dono. O proprietário poderá ser autuado e multado em R$ 500 — valor que pode dobrar em caso de reincidência. O chip também pode ajudar a reduzir o número de perdas de animais de estimação.
— A identificação se torna aliada. Fica muito mais fácil de localizar o dono — explica a secretária.
(Por Letícia Mendes, Zero Hora, 17/12/2010)