A realidade do saneamento básico nos municípios gaúchos, os desafios e as linhas de financiamento para o setor foram alguns dos temas do 1 Seminário Estadual de Saneamento, promovido ontem pela Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs). Na oportunidade, o presidente do Conselho Superior do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), Jorge Gerdau Johannpeter, apresentou as conclusões da Agenda 2020. "Temos atualmente 5,9 bilhões de litros de esgoto sem tratamento. A média do Brasil é de até menos de 50%. No Rio Grande do Sul, 16 no ranking nacional, o tratamento de esgoto atinge apenas 19%", comparou.
De acordo com o empresário, ver esgoto a céu aberto "é uma agressão inaceitável". Segundo ele, esgoto tratado representa redução da mortalidade infantil e diminuição de doenças. "A Organização Mundial da Saúde define que cada R$ 1,00 aplicado em saneamento reduz em R$ 2,50 o custo da saúde", observou.
O presidente da Famurs, Vilmar Perin Zanchin, argumentou que os prefeitos buscam soluções para o problema, inclusive na questão de financiamento. Canoas, Uruguaiana e Santa Maria mostraram a realidade de seus municípios. A Corsan, responsável pelo abastecimento em 350 cidades, explicou as dificuldades para gerir o setor.
(Correio do Povo, 16/12/2010)