A CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), localizada no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, terá que passar por uma auditoria ambiental independente antes de colocar em operação seu segundo alto-forno. A medida está prevista em acordo assinado na segunda-feira (13) pelo Ministério Público do Rio e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente).
Segundo a Promotoria, o objetivo é evitar futuros danos ao meio ambiente e à saúde dos moradores de Santa Cruz. Nesta semana, a Justiça instaurou uma ação penal para investigar supostos crimes ambientais cometidos pela empresa e dois de seus dirigentes com a entrada em pré-operação do primeiro alto-forno. Eles negam as irregularidades.
Pelo acordo assinado entre o Ministério Público e o Inea, uma empresa "idônea e isenta" irá realizar vistorias na companhia e consultas à comunidade do entorno. O relatório deverá informar sobre o atendimento aos critérios e medidas determinados no licenciamento ambiental e a análise da gestão ambiental da CSA desde o início de sua pré-operação.
Também está prevista uma comparação com as tecnologias instaladas ou em instalação em outros estados e países, "visando a eliminar a disparidade de conduta entre siderúrgicas instaladas em outros lugares e no Brasil", segundo a Promotoria.
O Inea comprometeu-se a formar um grupo de trabalho para editar o termo de referência que servirá de base à auditoria, que deverá ser concluída em 60 dias.
(Folha.com, 14/12/2010)