A instalação de uma usina termoelétrica que vai trabalhar com o aproveitamento do gás do antigo aterro sanitário de Uberlândia está sob análise do Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), órgão subordinado à Organização das Nações Unidas (ONU). Se for construída de acordo com o projeto original, a usina terá potência instalada suficiente para abastecer uma população de 40 mil pessoas e garantir R$ 57 milhões em venda de energia e R$ 60 milhões em créditos de carbono em 21 anos de operação.
O projeto para Uberlândia será o segundo do tipo em Minas Gerais. O primeiro, que também está em análise no MDL, é de Belo Horizonte, mas não prevê venda de energia. Apenas ganhos com créditos de carbono.
A usina do aterro sanitário de Uberlândia, que encerrou as operações em setembro, será instalada em duas fases: a primeira em 2012, com potência instalada de 2 MW e uma segunda, em 2017, com mais 1 MW.
De acordo com o engenheiro da empresa Limpebras Resíduos Eduardo Santos, responsável pela gerência do aterro e do projeto, a previsão é que os primeiros investimentos para a implantação do sistema sejam feitos no segundo semestre do ano que vem.
“Assim que tomamos conhecimento da tecnologia disponível que transforma resíduos em energia, pedimos à empresa concessionária do aterro para elaborar uma proposta”, disse o secretário municipal de assuntos urbanos de Uberlândia, Wilmar Ferreira. O secretário informa que, além do aproveitamento do gás do aterro já encerrado, a área também vai abrigar um parque ecológico.
(Correio de Uberlandia, 14/12/2010)