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aracruz/vcp/fibria silvicultura eucalipto
2010-12-14 | Tatianaf

Enquanto a nova planta industrial da Fibria (ex-Aracruz Celulose) não sai do papel, o principal plano da empresa para o Espírito Santo é a ampliação das plantações de eucalipto em solo capixaba. Para isso, o presidente da Fibria, Carlos Lira Aguiar, confirmou que o novo ciclo de “florestas” plantadas deve contar com uma nova variação de eucalipto – com maior potencial de produtividade. Enquanto isso, o discurso de sustentabilidade parece ser coisa para um futuro – nem tão perto assim.

Em entrevista ao jornal A Gazeta, o presidente da ex-Aracruz (confirmado à frente da Fibria, mesmo estando implicado perdas bilionários pela companhia) reafirmou que o Estado está longe de ser uma prioridade para a empresa. O que poderia ser motivo de festa para os ambientalistas, contudo, é substituído pelo temor de um novo ciclo de plantações em larga escala de árvores de eucalipto, matéria-prima na produção da pasta de celulose branqueada.

Isso deve causar um novo ciclo de especulação sobre o preço de terras no Estado, já que a companhia surge como a principal compradora de áreas agricultáveis em solo capixaba. Fato que influencia o valor de mercado e demonstra o tamanho incompatível do grande projeto versus a agricultura familiar.

Estudos indicam que a cultura do eucalipto é economicamente viável ao negócio até 150 quilômetros no raio da fábrica. Contudo, a expansão do eucalipto chegou até mesmo à região do Caparaó – no sul do Estado. No norte, levantamentos apontam que a ex-Aracruz expurgou mais de 20 mil pequenos agricultores de suas terras para a plantação de “florestas” da empresa.

Sobre a cultura do eucalipto, o executivo ignorou o passivo ambiental por onde espalhou as plantações de eucalipto, que receberam a alcunha de “deserto verde”. Ao comentar sobre o possível uso da madeira para a produção de etanol, Aguiar negou que as terras usadas possam afetar a produção de alimentos: “Para produzir alimento, é preciso terra fértil, diferente da que se usa para a produção de celulose”.

Enquanto a Fibria mira a construção de uma nova indústria em Três Lagoas (MS), com investimento próximo a R$ 5 bilhões, a atual planta da companhia que carrega o nome da “antiga empresa” Aracruz – localizada em Barra do Riacho, sediado no município homônimo – deverá ter um aporte de R$ 90 milhões. O dinheiro deverá ser utilizado na modernização de parte da planta industrial, inaugurada no início da década de 1970.

Os maiores aportes financeiros no Espírito Santo deverão ser relacionados ao programa de fomento florestal da companhia, estimado em R$ 200 milhões. Dentro desta seara, Aguiar comemora a geração de empregos, cerca de 700 postos para a fase de cultivo. A produção deve mirar a possível expansão da atual fábrica em Aracruz, uma quarta usina – estimado para o ano de 2020.

Aproveitando o espaço na mídia, o executivo também mirou o novo governador eleito do Estado, Renato Casagrande, e os prefeitos da região norte. Com o fim da gestão Hartung, grande parceiro da companhia nos últimos oito anos, Aguiar se mostrou interessado em criar um planejamento estratégico para a região, seguindo o modelo do “Espírito Santo 2025” – programa de metas traçados pelo atual governo com a participação definitiva da iniciativa privada, em especial os grandes projetos (que incluiu a própria Fibria).

(Por Nerter Samora, Século Diário, 13/12/2010)


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