A viagem desta quarta-feira (8) do flutuador pelas represas paulistas encontrou um refúgio ecológico. A região por onde o flutuador passou faz parte da Área de Proteção Ambiental do Bororé Colônia, à beira da Represa Billings. São 90 quilômetros quadrados protegidos, mas só a lei não basta. “Nós temos que ter uma fiscalização muito intensa e um grande pacto social para que essas áreas sejam protegidas devidamente”, afirma Cândida Macário, moradora.
Um dos trechos das margens da Billings é um berçário de aves. Um lugar de Mata Atlântica bem preservada. As garças são maioria e o lugar fica agitado quase o ano todo. As aves põem e chocam os ovos. Elas só deixam a região quando os filhotes já podem voar.
A poluição é uma ameaça e a água sofre as consequências. Hoje as algas voltaram a aparecer e foi assim durante todo dia. Na superfície o flutuador registrou bons índices de oxigênio, mas a dois metros de profundidade os índices foram ruins.
A família Kumikawa tem uma chácara na região desde a década de 60. De lá pra cá algumas coisas mudaram, outras estão do mesmo jeito. “Muita população nova, muitos moradores novos. A gente vê tucanos, araras, esquilos, papagaio, lagarto, cobra”, conta Daiana Kumikawa.
O grande desafio é manter o que não foi destruído. Com isso todos saem ganhando.
(G1, 09/12/2010)