As mudanças climáticas terão um forte impacto na América Latina nos próximos anos, com altas temperaturas, aumento das chuvas extremas, furacões e secas, e um custo econômico de mais de 1% do PIB anual da região, revela um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
A mudança climática vai custar aos países temperados da América Latina 1% de seu PIB no próximo século, e ainda mais nos países andinos, América Central e Caribe, mais suscetíveis ao aquecimento global, revela o documento da Cepal divulgado na conferência sobre o clima em Cancún.
A Cepal estima um crescimento elevado e sustentado das temperaturas na região, que pode alcançar seis graus até o final do século, no pior cenário possível. Ou seja, entre um e quatro graus, com um cenário de emissões mais baixas, e entre dois e seis, de mais elevadas.
A América Latina é "extremamente vulnerável" à mudança climática, que se traduzirá em um aumento das temperaturas, na modificação dos padrões de chuva, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, secas, inundações e furacões, diz o estudo.
"Os investimentos na adaptação para este fenômeno devem ser uma prioridade", alerta a organização.
(France Presse, Folha.com, 09/12/2010)