Em pleno período de defeso da piracema, quem tira o sustento do Rio dos Sinos, está em alerta. A partir de fevereiro, quando acabar a proibição, os pescadores temem a escassez de peixes, em função da mortandade durante a época da desova.
— O pessoal está desesperado. Vai acontecer o mesmo que em 2007, quando se tinha uma quantidade mínima de pescado — observa Paulo Denilto, presidente da Associação dos Moradores e Pescadores da Praia do Paquetá, em Canoas.
Fiscalização reforçada
Em reunião na manhã desta terça-feira, Ministério Público, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Comando Ambiental, Brigada Militar e Polícia Civil definiram estratégias para reforçar a fiscalização de empresas e lavouras da região do Sinos.
Coletas de amostras serão feitas por Fepam e a Secretaria do Meio Ambiente para servir de provas em um futuro inquérito policial. A Fundação também se comprometeu a criar uma lista de pontos e empresas com maior potencial poluidor. Ficará sob responsabilidade do Comando Ambiental a fiscalização dessas companhias.
Acredita-se que o principal causador da poluição — que já matou centenas de peixes no Rio dos Sinos e, na segunda-feira, chegou ao Guaíba — seja esgoto. No entanto, não se descarta a possibilidade de que algum outro efluente possa ter ocasionado o problema.
(Zero Hora, 07/12/2010)