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2010-12-07 | Tatianaf

A China esforçou-se para mostrar que está realmente empenhada em combater o aquecimento global, já que é a maior emissora de gases do efeito estufa na atualidade, durante a COP-16, Conferência do Clima, que ocorre em Cancún, no México.

Segundo o negociador Xie Zhenhua, em cinco anos a economia chinesa cresceu anualmente de 9 a 10%, enquanto reduziu as emissões de CO2 em 1,5 bilhão de toneladas. Ainda de acordo com o negociador, mais de U$ 300 milhões foram investidos em energias renováveis no país.

Apesar disto, dados Projeto Global de Carbono indicam que as emissões de CO2 por combustíveis fósseis na China dispararam nos últimos anos, de 5,1 bilhões de toneladas em 2005 para cerca de 7,34 bilhões de toneladas em 2009.

Entretanto, é fato que a China é um dos países que mais investe em energia verde. No último ranking da Ernst & Young, de novembro, o país era o primeiro em atratividade para projetos de energia renovável, passando os EUA, principalmente com grande potencialidade em energia eólica.

A China ofereceu, no Acordo de Copenhague, como meta voluntária, reduzir sua intensidade de carbono, ou seja, a quantidade de gás lançado por dólar produzido pela economia.

A promessa é de cortar de 40% a 45% das emissões até 2020, em relação aos níveis de 2005. Como a tendência da economia chinesa é crescer mais nos próximos anos, esta meta não reduziria os lançamentos em números absolutos. O país ainda tem o objetivo de gerar 15% de sua eletricidade por fontes renováveis em 10 anos.

“As metas de redução são parte de um esforço que a China está fazendo. Reduzimos o consumo per capita em 20%. Esta é uma atitude voluntária, usando os próprios recursos, e, uma vez firmada, é um compromisso que deve ser honrado”, diz Zhenhua.

Investimento em energias renováveis
Segundo especialistas ouvidos pelo UOL Ciência e Saúde, a China está mesmo investindo pesado em energias renováveis, primeiro para não depender de outros países e, depois, para ser ela a detentora da tecnologia que só ganha valor no mercado com a crescente necessidade de fontes de energia que não poluem o meio ambiente.

Carlos Nobre, pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) explica que a China quer ser potência na área de tecnologia verde e que hoje compete com os EUA. “A China não aceita mais comprar tecnologia de outros países, ela produz muito, mas ainda assim importa tecnologia”.

A principal fonte de energia chinesa é o carvão, que emite muito C02 na atmosfera. Como a industrialização é crescente, as emissões também são. “Mas o país está se tornando pioneiro em energia eólica e também está desenvolvendo painéis solares”, conta Tércio Ambrizzi, diretor do Instituto de Astronomia e Geofísica da USP.

Assim, a briga pela posse da tecnologia verde só tende a crescer. “Os países desenvolvidos querem vender a tecnologia, já os países em desenvolvidos querem que ela seja transferida. É uma grande fonte de dinheiro. Se você notar, os países ricos preferem dar dinheiros a fundos à transferir tecnologia. Aí eles repassam bilhões, mas ganham trilhões com a venda da tecnologia”, ressalta o diretor. E claro, a China também quer abocanhar um pedaço desse mercado.

China na COP
Embora deixe claro seu esforço em reduzir as emissões, o chinês ressalta a necessidade de continuar com um segundo período do Protocolo de Kyoto.

“Devemos trabalhar todo juntos para combater o problema da mudança climática que é global. Mas é importante lembrar que a China tem o centésimo PIB per capita do mundo e são mais de 150 milhões de pessoas vivendo abaixo do nível de pobreza. No desenvolvimento, enfrentamos tarefas difíceis, como melhorar as condições de vida, erradicar pobreza e ao mesmo tempo proteger o ambiente e reduzir a emissão dos gases”.

Por fim, Zhenhua lembra que é importante aprender com os erros dos países desenvolvidos na busca por um crescimento sustentável e que acordos bilaterais estão sendo construídos para reduzir as emissões.

“A cooperação e a confiança mútua vão levar ao resultado final. É necessário flexibilidade das partes para chegar a um resultado que não vai ser o mais satisfatório para nenhum dos lados”, conclui.

(Por Lilian Ferreira, UOL, 07/12/2010)


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