Meio por curiosidade, para cumprir meu papel de vereador, fiscal do Executivo e por ser um cidadão engajado na sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e social, fui à Feira dos Descartes Eletrônicos, promovida pela Prefeitura, pelo Professor Newton Braga Rosa, titular do Inovapoa.
Fiquei feliz e pasmo ao mesmo tempo. Feliz por ver uma ação concreta dando certo, pasmo por ver tanta gente e um volume ainda maior de sucata e alguma coisa ainda aproveitável de montanhas de computadores.
Ver o caminhão do Centro Marista receber muitos computadores em condições de serem repaginados foi algo muito gratificante. Apavorado ao saber que havia pessoas que tinham coisas em desuso há 14 anos em casa e não sabiam onde enfiar, onde descartar.
O material não viável de ser recuperado para o uso imediato era recepcionado por uma empresa parceira do Inovapoa e do Dmlu, que faz separação e descarte e reaproveitamento. Minha única preocupação é com os monitores que não tem como aproveitar. O material tóxico para onde vai mesmo?
Vocês tem idéia do que são 14 toneladas de velhos computadores? E isto que foi um evento de um dia apenas e ouvi no dia seguinte pessoas reclamando que não sabiam, pois teriam também levado mais material ao ponto de coleta.
Agiu bem a Prefeitura ao fazer esta atividade, a qual deverá ser repetida no início do ano.
Que mais material ainda passível de ser usado possa passar por um "upgrade" do Centro Marista, doado posteriormente a algum telecentro ou entidade social.
Não apenas o ambiente agradece, mas os necessitados dirão obrigado também. Assim, se preserva. Assim, se faz sustentabilidade, porque ainda haverá um cidadão carente a utilizar algo que, para outro, estava obsoleto, em desuso.
A Prefeitura deveria tambem voltar aos velhos e positivos "bota-fora", para descarte de móveis e utensílios doméstricos. Imaginem quanta gente pobre poderia receber algo de útil que acaba virando estorvo na casa daquele que mais tem.
Que esta faina continue!
ADELI SELL é vereador e presidente do PT-POA