A área de contaminação presente no Rio dos Sinos desde a última quarta-feira segue descendo a extensão do leito. Ainda há peixes agonizando e mortos na Região de São Leopoldo, mas a concentração de substâncias na cidade já é menor.
Em vistoria feita no final da tarde de ontem, os índices de oxigênio em Nova Santa Rita estavam abaixo da média de cinco miligramas, o que demonstra a presença de poluição na região. Técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) encontraram cardumes sem vida.
Nova Santa Rita é considerada a última parada antes de as substâncias se dissiparem no Delta do Jacuí, o que, segundo a Fepam, deve levar cerca de uma semana. A mortandade nesses quatro dias já passa de 17 toneladas.
Neste fim de semana estão programadas novas vistorias e análises dos índices de oxigênio. No próximo dia 14 está previsto uma reunião emergencial do Ministério Público (MP) com as prefeituras e órgãos responsáveis pelo saneamento básico.
A promotoria do Meio Ambiente pretende estar com os resultados das análises laboratoriais da água e dos peixes para apresentar aos prefeitos. O promotor Daniel Martine diz que, se não houver acordo, vai acionar judicialmente os responsáveis.
— O MP vai cobrar das prefeituras e se for preciso vamos buscar isso através de ações judiciais. Os municípios já estão sensíveis aos problemas.
O MP recebeu nesta manhã novas denúncias de empresas com dejetos irregulares em Nova Hartz, no Vale dos Sinos. Agentes do comando ambiental estão se dirigindo para o local.
(Por Edgar Maciel, Zero Hora, 06/12/2010)