Duas pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, estão disponíveis para o produtor rural. Uma delas é um sistema de baixo custo para tratar os resíduos de pesticidas. A outra é um programa de computador que orienta como adubar as pastagens.
A sustentabilidade é um dos focos de pesquisa da empresa. O programa de computador explica ao agrônomo e ao técnico agrícola como deve ser feita a adubação do pasto. "Quando o pasto é tratado como cultura ele não necessita de reforma e persiste por até 100 anos sem intervenção", disse a pesquisadora Patrícia Anchão Oliveira
Pela internet, é feito o cadastro da propriedade com a definição do tamanho da área, o número dos animais e o resultado da análise de solo são os dados principais. O diagnóstico mostra o que e quanto deve ser aplicado. "Com isso ele tem um ganho econômico e não polui o meio ambiente”, explicou Patrícia.
Outra pesquisa envolve o controle de resíduos de inseticidas contra carrapatos, que têm alta concentração de agrotóxicos. "Normalmente tem a troca do princípio ativo, porque o carrapato adquire resistência. São diferentes princípios ativos e com toxidade agressiva ao meio ambiente", disse a chefe de pesquisas Ana Rita Araújo Nogueira.
Os pesquisadores desenvolveram uma forma de neutralizar estes resíduos. Eles chegam por gravidade ao local reservado para o tratamento e recebem os reagentes. Três horas depois, os resíduos já podem ser descartados. Com algumas adaptações, o sistema pode ser usado para outros tipos de agrotóxicos.
O sistema não foi patenteado e não vai ser transformado em produto. A ideia é que os criadores repliquem esta tecnologia nas propriedades a um custo baixo.
Para saber mais informações sobre os lançamentos da Embrapa Pecuária Sudoeste é necessário acessar o site www.cppse.embrapa.br/
(O Globo, 03/12/2010)